domingo, 28 de dezembro de 2008

História das Corridas de Aventura

A história da corrida de aventura apesar de ser curta, já conta com alguns fatos importantes. As primeiras provas do tipo aconteceram na Nova Zelândia na década de 80. As provas que misturavam vários ambientes tinham como objetivo explorar a natureza de uma forma saudável tanto para o corpo como para o próprio meio.

No final da década de 80, após provas que já eram realizadas em alguns países, finalmente o esporte tomou um rumo. Foi durante uma viagem à terra do Fogo, na Argentina, que o francês Gerrad Fusil teve a idéia de misturar várias técnicas com um só objetivo, o de explorar totalmente um local.

Foi então que ele criou a Raid Gauloises, que utilizaria apenas meios não motorizados para ultrapassar as barreiras naturais. A prova foi um sucesso e logo veio a expansão do esporte.

No Brasil a primeira expedição foi a Expedição Mata Atlântica (EMA), que aconteceu em 1998. Hoje o esporte já possui a Sociedade Brasileira de Corridas de Aventura e o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura.

Postais do passado


Livro que reúne imagens raras das Américas é convite para viagem no tempo e no espaço
por José Chrispiniano

Rua da cidade litorânea de Santa Marta, a mais antiga da Colômbia
A editora Solaris vem publicando livros que recuperam acervos de imagens, em geral de coleções particulares, fora do alcance do público e de pesquisadores. Do Brasil para as Américas, de João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo, é mais um livro dessa coleção.

A obra apresenta cartões-postais e fotos dos séculos XIX e do início do século XX, um conjunto precioso e curioso de retratos e representações gráficas do continente, da Terra do Fogo, na Argentina, aos territórios dos esquimós, no Canadá e na Groenlândia.

Como em uma viagem no tempo e no espaço, cada página reserva surpresas. Aparecem nas fotografias povos indígenas, maravilhas naturais, cenas do cotidiano, as grandes cidades e pontos turísticos, como o Elevador Lacerda, em Salvador.

Os postais, claro, não são retratos jornalísticos. Justamente pela intenção de mostrar os orgulhos e aspectos típicos de cada região, revelam muito da imagem que cada parte da América fazia de si mesma.

A herança indígena do Peru contrasta, assim, com o dinamismo de Nova York ou o aspecto europeu de Montreal, no Canadá. Mas os cartões também registram acontecimentos trágicos, como o terremoto de 1906, em São Francisco.

Aliados às imagens, há textos com data e contexto histórico de cada postal. E ainda informações extras, como o curioso relato do ministro das Relações Exteriores do Brasil em 1913, Lauro Müller, em entrevista ao The New York Times, completamente deslumbrado com a modernidade dos arranha-céus de Manhattan.

Os postais do livro mandam lembranças de outros tempos e costumes – como o de ir à praia com o corpo quase todo coberto. Vistas de fora, as Américas de então eram o horizonte de um mundo novo, que acolhia milhões de imigrantes. Tão novo que os postais mostram o começo de sua construção, com ferrovias, portos e estradas sendo abertas.

Fonte: História Viva

Cosméticos da época de Cristo são encontrados em Israel







Uma equipe de arqueólogos descobriu na cidade de Migdal, em Israel, frascos de perfume e cremes. Eles acreditam ser semelhantes aos do episódio bíblico no qual uma mulher lavou os pés de Jesus Cristo.

Migdal foi fundada em 1948, onde um dia existiu a antiga cidade de Magdala, perto da costa do mar da Galiléia. A localidade, mencionada no Novo Testamento, é considerada a terra natal de Maria Madalena, cujo nome significaria, originalmente, “Maria de Magdala”.

Os cosméticos foram encontrados junto com outros objetos de maquiagem e fios de cabelo, no fundo de uma antiga piscina soterrada. A descoberta foi feita por pesquisadores do Studium Biblicum Franciscanum, a Faculdade de Estudos Bíblicos da Ordem dos Franciscanos.

Segundo declarações do arqueólogo e padre Stefano de Luca, chefe das escavações, o achado desses objetos é de grande importância. “Agora, nós temos em mãos ‘cosméticos’ da época de Cristo”.

Fonte: História Viva

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Mundo Antigo

Os egípcios amavam demais o mundo terreno para acreditarem que os seus prazeres chegassem necessariamente ao fim com a morte. Achavam que pelo menos os ricos e poderosos poderiam desfrutar as delicias da vida pela eternidade afora, desde que as imagens desses falecidos fossem reproduzidas em suas respectivas tumbas. Assim, boa parte da pintura egípcia era feita em prol dos mortos. Entretanto, é possível que os egípcios não julgassem que garantir uma boa vida após a morte exigisse muito gasto e que, por isso tenham escolhido a pintura como um recurso que poupava mão de obra e cortava gastos. Em lugar da dispendiosa arte escultórica ou da pedra talhada, empregava-se uma expressão artística mais barata, a pintura. Em todo o caso, é certo que o estilo de pintura cerimonial e formal usado nas paredes das tumbas não era o único disponível. Hoje sabemos que , ainda em vida, egípcios ricos tinham murais em casa e que estes eram elaborados em estilos pinturescos de rica textura. Infelizmente, só perduraram pequenos fragmentos desses murais.

A Pintura nas Tumbas Egipcías

Talvez uma das imagens mais impressionantes das tumbas egípcias sejam os “Gansos de Medum”, três majestosas aves da tumba de Nefermaat (um filho de Snefru, o primeiro faraó da IV Dinastia) e de sua esposa Itet.

Os gansos, que remontam a mais de 2 mil anos antes de Cristo, são apenas um detalhe num friso pictórico na antiga cidade de Medum, mas já sugerem a vitalidade e pujança dos triunfos escultóricos que estavam por vir. Outra pintura egípcia, da tumba de Ramose, mostra uma procissão funerária de Mulheres Lamentosas. Ramose foi ministro de Amenófis III e Amenófis IV (mais conhecido como Akhenaton), dois faraós da XVIII Dinastia. Nessa pintura, as mulheres são bidimensionais e esquemáticas, mas os gestos angustiados vibram com o pesar.

Para os antigos egípcios, o que importava era a “essência eterna”, aquilo que constituía a visão de uma realidade constante e imutável. Portanto, sua arte não se preocupava em variar as aparências para atingir efeito visual, e até mesmo a arguta observação da natureza (em figuras que aparentemente eram pintadas de memória) submetia-se a uma rígida padronização de formas, as quais muitas vezes se transformavam em símbolos. Se as cenas egípcias parecem definitivamente irreais, isso não se deve a nenhum “primitivismo” (pois fica bem clara a habilidade técnica e a evidente compreensão das formas naturais). Era antes, conseqüência direta da função essencialmente intelectual que a arte desempenhava. Toda figura era mostrada do ângulo em que pudesse ser mais facilmente identificada, conforme uma escala que se baseava na hierarquia, sendo o tamanho dependente da posição social. Daí resultava um aspecto muitíssimo padronizado, esquemático e quase diagramático. A absoluta preocupação com a precisão e a representação “completa” aplicava-se a todos os temas; assim, a cabeça humana é sempre reproduzida de perfil, mas os olhos são sempre mostrados de frente. Por essa razão, não há perspectiva nas pinturas egípcias – tudo é bidimensional.

O Estilo e a Composição

Na maior parte, os murais egípcios, como na “Cena de caça a aves selvagens”, que está na tumba de um nobre em Tebas, eram criados com a técnica do “falso afresco” (que os italianos denominaram fresco secco). Nesse método, a têmpera é aplicada à argamassa já seca, ao contrário do que acontece na verdadeira pintura a freco (o buon freco), que é feita sobre a massa úmida. A vida selvagem nos brejos de papiros e o gato de caça de Nebamun são mostrados com muita minúcia, mas a cena é idealizada.

O nobre está de pé em seu barco, segurando na mão direita três aves que acabou de abater e na esquerda uma espécie de bumerangue. É acompanhado pela esposa, que segura um buquê e usa um traje complexo, com um cone perfumado na cabeça. Entre as pernas de Nebamun, acocora-se sua filha, a pequena figura que apanha na água uma flor de lótus (a composição é um exemplo de como se convencionava determinar as dimensões das figuras conforme a hierarquia familiar e social). Na origem, essa pintura era parte de uma obra maior, que também incluía uma cena de pesca.

As Regras Egípcias de Representação

Na arte egípcia, a representação por inteiro da figura humana organizava-se segundo a chamada “regra de proporção”, um rígido quadriculado, com dezoito unidades de igual tamanho, que garantia a repetição acurada da forma ideal egípcia em quaisquer escalas e posições. Era um sistema a prova de erro, que estabelecia as distâncias exatas entre as partes do corpo. O sistema até especificava o comprimento exato das passadas nas figuras de caminhantes e a distância entre os pés (ambos mostrados da face interna) nas figuras que estivessem a pé e imóveis. Os artistas desenhavam o quadriculado na superfície de trabalho e então ajustavam ali dentro a figura que pretendiam representar. Uma prancheta de desenho da XVIII Dinastia mostra o faraó Tutmés III num quadriculado desse tipo.

Os egípcios não adornavam apenas tumbas: eles também pintavam esculturas. Acredita-se que essa bela escultura de calcário, a “Cabeça de Nefertite”, esposa do faraó Akhenaton, tenha sido uma cópia de ateliê, pois a encontraram entre as ruínas da oficina de um escultor.

Ela é tão comovente quanto uma cabeça de Botticelli, com a mesma melancolia tocante e delicada. Demonstra um afrouxamento das rígidas convenções que regiam a arte egípcia anterior (e que regeriam a posterior), pois Akhenaton rompeu com o estilo tradicional. Em seu reinado, os entalhes, esculturas e pinturas foram alentadoramente graciosos e originais.

Culturas Egéias da Idade do Bronze

A civilização minóica (300-1100 a.C.), uma cultura da Idade do Bronze que recebeu esse nome por causa do mítico rei Mino, foi a primeira a surgir na Europa. Tinha por base a pequena ilha de Creta, no mar Egeu, entre a Grécia e a Turquia, e desenvolveu-se mais ou menos em paralelo à civilização do Egito, seu vizinho africano. Mas, apesar de tal proximidade e de certas influências em comum, a cultura egípcia e a minóica permaneceram bastante separadas. A minóica viria a ter enorme influência na arte da Grécia antiga. Cultural e geograficamente, Creta era o centro do mundo egeu. Também em paralelo com a civilização minóica, estava a das Cidades, um grupo de ilhas no Egeu. Dessa sociedade recuperaram-se ídolos, objetos cujas formas antigas, quase neolíticas, reduzem-se à mais simples abstração, mas ainda retêm o poder mágico do fetiche.

Aqui temos um estranho antecessor da arte abstrata de nosso século, na qual o corpo humano é visto em termos geométricos, com uma imensa força em bruto, contida e controlada pela força linear. Na origem, os olhos, bocas e outros traços dos ídolos eram pintados.

Para saber mais visite: Portal Artes O Mundo Antigo e A Arte Egípcia no tempo dos faraós

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O primeiro cartão de Natal


O primeiro cartão de natal ( imagem logo a cima) foi criado pelo desenhista inglês John Calcott Horsley em 1843. O cartão foi encomendado por Sir Henry Cole, um servidor público, conhecido por introduzir novidades na sociedade britânica do século 19, com a mensagem: "Feliz Natal e Próspero Ano Novo" porque não tinha tempo para escrever pessoalmente a cada um de seus amigos. Rapidamente, o costume de desejar Boas Festas com o uso de um cartão se estendeu por toda a Europa e, a partir de 1870, esses cartões começaram a ser impressos coloridos. Já a partir dessa época a imagem de Santa Claus - com suas diversas variações ao longo das décadas - começou a ser freqüente nos cartões de Natal.
Muito embora alguns estudiosos afirmem que em 1831 um jornal de Barcelona, na Espanha, quis pôr em funcionamento a técnica da litografia, felicitando seus leitores pelo Natal mediante uma estampa, o que já pode ser considerado uma forma de cartão de Natal.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Arqueólogos localizam no Peru uma cidade wari

Machu Picchu

Pesquisadores descobriram restos de uma cidade inteira da cultura wari, no norte do Peru. Os wari viveram entre os anos 600 e 1100, e as ruínas encontradas podem ser o “elo perdido” entre essa civilização e a ancestral cultura moche, que existiu entre os anos 100 e 600 na costa do Pacífico. Cesar Soriano, chefe da equipe de arqueólogos, declarou à agência Reuters que a descoberta “explica como os wari deram continuidade à cultura moche”.
Nas escavações, foram encontrados pedaços de roupas, cerâmicas e os restos bem preservados de uma jovem mulher wari. Também há no sítio, que se estende por quase cinco quilômetros, evidências da prática de sacrifícios humanos.
Os antigos wari tinham sua capital perto da atual cidade peruana de Ayacucho, nos Andes, mas ocuparam um vasto território nos Andes e na costa, interligado por estradas.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Histórico do incenso


Egípcios: são, talvez, os mais antigos na arte da manufatura e do uso de incensos. O mais famoso incenso egípcio é o Kyphi (ou Khyphi), que era produzido dentro de um templo e sob ritual altamente secreto. Era um composto de efeito muito benéfico, e Plutarco o definia como: "O incenso tem dezesseis (16) ingredientes, número que constitui o quadrado de um quadrado e tais ingredientes são coisas que, à noite, deliciam. Tem o poder de adormecer as pessoas, iluminar os sonhos e relaxar as tensões diárias, trazendo a calma e quietude àqueles que o respiram." Um dos seus ingredientes é o popular olíbano, árvore considerada sagrada, e durante a poda ou a coleta da resina, os homens deviam se abster de contato sexual ou com a morte. Plutarco forneceu a lista dos 16 ingredientes usados na preparação desse incenso: mel, vinho, passas, junco doce, resina, mirra, olíbano, séseli, cálamo, betume, labaça, thryon, as duas espécies de arcouthelds, caramum e raiz de Íris.

Hindus: sempre foram apaixonados por aromas agradáveis e, a Índia (nos tempos antigos) sempre foi celebre por seus perfumes. A importação de incenso da Arábia foi uma das primeiras, mas outros materiais aromáticos também eram usados, como: benjoim, resinas, cânfora, sementes, raízes, flores secas e madeiras aromáticas. O sândalo era um dos itens mais populares da época. Esses materiais eram queimados em rituais públicos ou em casa.

Judeus: no Velho Testamento encontram-se várias referências ao seu uso entre os judeus. Geralmente os pesquisadores concordam que a queima do incenso só foi introduzida no ritual judaico em torno do século VII antes de Cristo. O primeiro incenso era composto de poucos ingredientes: estoraque, onicha, gálbano e olíbano puro, e sua preparação era semelhante aos sacerdotes egípcios.

Gregos: começou a ser difundido no século VIII a.C., vindo da Fenícia.

Budistas: começou a ser difundido por volta do século VII a.C.; e junto com os perfumes, constituía uma das sete oferendas sensoriais, que formam um dos sete estágios de adoração.

Romanos: muito utilizado na Festa do Pastor, junto com ramos de oliveira, louros e ervas, assim com da mirra e açafrão.

Cristãos: foram os que mais demoraram a adotar o incenso em seus ritos. Só após o século V, seu uso foi aumentando lentamente. Por volta do século XIV, tornou-se parte da Missa Solene e outros serviços.

Islâmicos: não há refêrencia ao seu uso no sentido religioso, mas a tradição nos mostra que o seu perfume pode ser usado como uma referência aos mortos.

Outros cultos: é um acessório comum às cerimonias mágicas, para neutralizar as energias negativas, por exemplo, ou usado nos métodos de encantamentos. As letras do nome da pessoa para qual é feito o encantamento indicam qual o perfume necessário. Os materiais mais usados são: olíbano, benjoim, estoraque, sementes de coentro, aloés (babosa), entre outros.


Obs: O incenso acaba de receber sinal vermelho da Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam substâncias altamente tóxicas. De acordo esta pesquisa a fumaça do incenso pode provocar câncer assim, queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno --substância cancerígena-- contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas. Recomendamos aos alérgicos ficarem bem longe. beijos
Baby

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Agricultura na história: O trigo

O trigo foi primeiramente cultivado no Crescente Fértil, no Médio Oriente. Os arqueólogos demonstraram que o cultivo do trigo é originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque. Há cerca de 8.000 anos, uma mutação ou hibridização ocorreu, resultando em uma planta com sementes grandes, porém que não podiam espalhar-se pelo vento. Esta planta não poderia vingar como silvestre, porém, poderia produzir mais comida para os humanos e, de fato, ela teve maior sucesso que outras plantas com sementes menores e tornou-se o ancestral do trigo moderno.

Na Idade Média, mais ou menos na época das cruzadas , inventaram a "trina" , a fazenda era dividida em três partes, uma parte plantava trigo, outra legumes e uma terceira descansava. A parte em que os legumes eram plantados não desgastava, afinal eles sugam outros nutrientes da terra. Com isso não só a produção aumentava, como esses legumes viravam comida de gado, aumentando o consumo de carne, permitindo não só o trigo, mas o presunto e o queijo para a alimentação.
As próximas inovações chegariam somente nos dias de hoje, onde com a engenharia genética é possível se ter duas, e não somente uma colheita de trigo por ano, o que duplica a produção que havia antes. Além de técnicas renovadoras que não deixa a terra perder sua produtividade.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O verdadeiro Asterix foi derrotado por César


O líder histórico dos gauleses que inspirou a criação de Asterix, liderou a resistência contra Roma. Derrotado no campo de batalha, e forçado a se render, sua epopéia foi transformada em mito a serviço do nacionalismo francês
por Paul M. Martin

Vercingetorix se entregado para César. Os relatos do imperador romano imortalizaram e enalteceram seu inimigo Vercingetorix joga suas armas aos pés de César, oléo sobre tela, Lionel Noel Royer, 1899, Museu Crozatier, Le Puy-en-Velay
Vercingetorix cruzou a história como um meteoro. Sua principal epopéia durou apenas nove meses do ano de 52 a.C.. Ela foi narrada no último livro de César sobre sua conquista das terras onde hoje existe a França, a Guerra das Gálias. Muitos séculos depois, esse chefe gaulês se transformaria em um mito fundador da história francesa, e depois em ícone mundial, ao servir de inspiração para o personagem de história em quadrinhos Asterix.

O historiador latino Florus descreveu o líder gaulês como “aterrorizante por seu aspecto físico, por suas armas e por seu caráter”. Para o grego Dion Cassius era “impressionante por seu tamanho e por suas armas”. Nesses dois retratos estereotipados, reconhecemos o lugar-comum da Antigüidade clássica sobre os gauleses: todos eram grandes e assustadores. E loiros, de pele branca, cabelos longos, bigode, comiam e bebiam muito, enfim, verdadeiros gauleses de quadrinhos! O único que viu Vercingetorix e que poderia fazer uma descrição física apropriada foi César. Mas este preferiu falar sobre seu caráter.

Vercingetorix possuía um imenso carisma e grande eloqüência: não desprezava a demagogia, que era a maneira pela qual convencia sua assistência como bem entendia. Possuía um autêntico gênio militar, e um instinto impressionante para compreender e neutralizar a estratégia do inimigo. Um adversário digno de César que poderia ter mudado o destino da guerra em favor da rebelião gaulesa. Vercingetorix também parecia desprovido de qualquer escrúpulo ou senso moral. Em muitas ocasiões fingiu, mentiu para suas próprias tropas ou para seus aliados; e agiu, contra inimigos e companheiros de armas, com uma crueldade e desprezo pelo outro que só tinha como possível justificativa a eficiência militar. Naturalmente, a guerra nunca foi parecida com o mundo colorido dos quadrinhos. E é claro que se César reconhecia o valor do adversário, tinha interesse em ressaltar os traços negativos de sua personalidade.

Paul M. Martin é historiador, especialista em Antigüidade e professor da Universidade de Montpellier-III.


Achei este artigo na revista História Viva, postei porque sempre pensei que Aterix era um personagem de revista em quadrinhos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A história de papai Noel


A história de papai Noel é inspirada na lenda de São Nicolau. Ele era um bondoso homem que viveu na região da Turquia em 280 d.C.. Conhecido pro sua bondade e generosidade Nicolau se preocupava com seus semelhantes e procurava ajudar a todos, principalmente os mais pobres. Foi dele a idéia de arrecadar donativos no Natal para aliviar os mais necessitados, assim ele arrecadava comida, roupas e brinquedos.Nicolau ingressou para o seminário e doou todos os seus bens.Foi transformado em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.
A história de NIcolau tornou-se conhecida, porém ela acabous endo misturada com a lenda da Escandinávia na qual um mago bondoso, que vivia em uma floresta,na época do Natal presenteava as crianças comportadas.Este mago passou a ser representado pela figura de um velhinho, com grande barba branca e olhar sereno. Com o passar do tempo esta lenda ganhou o mundo e passou a fazer parte do imagináio infantil.
Nos anos 30, a figura do Papai Noel, tornou-se popular mundialmente, com as mesmas características que encontramos hoje em dia: as famosas roupas vermelhas. Isso ocorreu devido a uma campanha publicitária encomendada pela Coca-Cola para a época do Natal, as roupas vermelhas são as mesmas da marca. A campanha obteve um êxito tão grande que desde então a figura do papai Noel passou a ser representada com as roupas vermelhas.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A camisinha


Meus amigos, se hoje os homens e mulheres reclamam de usar as camisinhas para se protegerem de doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada , imaginem quando tudo isso começou?
As primeiras menções escritas referentes ao uso de camisinhas estão no Egito Antigo.e acordo com Aine Collier, professora da Universidade de Maryland, nos EUA, e autora do livro "The Humble Little Condom: A History" ('A Pobre pequena camisinha: uma história', ainda não traduzido para o português): "o rico egípcio usava finas camisinhas de papiro e garantiam que elas estariam salvas após a sua morte, elaborando coberturas para o pênis feitas de couro e pele".Confesso a todos vocês que fiquei surpresa com esta pesquisa, jamais imaginei que o uso deste artefato fosse tão antigo, porém, quanto mais fui aprofundando a pesquisa descobri que relatos sobre o uso da camisinha foram mencionados na poesia grega, mas foi na idade Média que ela surgiu com força total e teve seu apogeu.Segundo Collier, homens e mulheres eram aconselhados a usar uma cobertura de pêlos de crina de mula durante o sexo. "Eles acreditavam que o artefato era mágico e prevenia a gravidez". Outra forma inusitada de proteção era a usada durante o Renascimento, quando mulheres colocavam aranhas mortas embaixo do braço para tentar não engravidar. "Claro que nada disso funcionava", diz Collier.
Outras pesquisas comprovam que o uso da camisinha também era um costume entre os chineses, existe até uma publicação sobre este fato em um artigo sobre a história da camisinha publicado pela Real Sociedade de Medicina inglesa.Os chineses usavam uma camisinha de papel de seda antigo e os japoneses costumavam usar uma carapaça feita de casco de tartaruga ou de couro fino. Na Europa, as camisinhas originais eram feitas de intestino de ovelha, bezerro ou cabra. Esses tipos ainda são fabricados hoje. Mais caros e com o incomodo extra de ter uma costura, são comprados principalmente por pessoas que têm alergia ao látex.Muito interessante não acham?
O mais interessante e que também foi publicado no mesmo artigo é que o anatomista Gabriello Fallopio fez, em 1564, uma pesquisa com camisinhas, publicada dois anos antes de sua morte, afirmando ter inventado a carapuça de linho que protegia contra a sífilis, sendo que seu experimento foi testado em 1100 homens, e nenhum deles foi infectado.
MAs devemos nos dias de hoje, agradecer a Charles Goodyear ter inventado o processo de vulcanização da borracha,assim em 1840, os produtores norte-americanos usaram pela primeira vez a substância, fazendo uma camisinha dura, grossa e desconfortável. A maioria dos homens e mulheres ainda preferia o produto de origem animal até o final do século XIX, quando alemães melhoraram o produto, deixando-o mais confortável.
A camisinha foi proibida muitas vezes na história - e ainda é condenada pela igreja Católica. O mesmo aconteceu na Itália, Espanha e França. Os franceses baniram a camisinha no termino da Segunda Guerra por medo que a população diminuísse, e nos Estados Unidos uma Lei de 1870 também proibiu o seu uso, sendo que mesmo assim elas continuaram sendo fabricadas e vendidas às escondidas até o final do século XX.

Ponte Rio-Niterói


Uma vez eu estava na Net e um amigo me passou um link onde aparecia a ponte Rio-Niterói na camera e ao vivo, fiquei horas admirando o vai-vem dos automóveis, me senti boba e ao mesmo tempo encantada com sua estrutura, hoje decidi fazer uma homenagem a esta ponte, que por sinal é uma das mais bela do Brasil.
O seu nome verdadeiro é Ponte Presidente e Silva, mais conhecida como Ponte Rio-Niterói, sua construção teve inicio em 1968, passou por diversos transtornos próprios de obras públicas que dependem da verba e de organização política de um Estado. Por isso, teve duas empresas de construção, a primeira construtora contratada sob licitação, CCRN – consórcio Construtor Rio-Niterói, teve o contrato rescindido em Janeiro de 1971, após período de paralisação. A segunda, a construtora estatal ECEX – Empresa de construção e Engenharia de Obras Especiais, sob o consórcio “Construtor Guanabara”. Assim em 04 de Março de 1974, a ponte foi inaugurada. Sua localização exata é na rodovia BR-101, passando a Baía de Guanabara, ligando as duas cidades: Rio de Janeiro e Niterói.
A Ponte já serviu de cenário para filmes e novelas, as novelas que mais destacaram a construção, “Por Amor” de 1997, e a recente “Beleza Pura” de 2008, foram feitas pela TV Globo, tendo a cidade de Niterói com um dos cenários da trama. Quando a ponte engarrafa causa danos aos horários de seus usuários, e na passagem para a cidade de Niterói é cobrado pedágio.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O Natal


Eu já fiz um post sobre a origem do natal no ano passado, mas como não queria deixar passar em branco, resolvi postar algo .

Este blog é dedicado a história da humanidade e das culturas, assim, o Natal está em várias culturas, porque é uma das mais coloriadas festas da humanidade, é época de pensar no outro, em pensa em fraternidade, mesmo que estes pensamentos acabem logo no ínicio de janeiro.

Tudo é permitido no Natal, a fantasia está solta, a idéia de que existe um velhinho de barba branca, vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas, foi introduzido pelo simbolismo norte-americano e muito bem aceito por nós.(adoramos a cultura alheia) E assim, até os antinatalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de belém na porta de casa, a árvore colorida, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantem símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade ( no sentido de doar-se ou de doar, afinal somos solidários e provamos isto quando as campanhas aparecem na televisão e nos comovem, mesmo que ao lado da nossa casa alguém esteja caído e somos incapazes de perguntar se está necessitando de algo, mas... isto é uma outra história.)

A história da festa vem de uma época muito distante quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.

A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Nenhum historiador até os dias de hoje, conseguiram provas que a data seja realmente do nascimento do Cristo, alguns acreditam que o Cristo nasceu em abril.Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção e diga-se de passagem em torno dos seus interesses. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura. Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus. Por isso a troca de presente é tao evidenciada até nossos dias, porque simboliza os reis que vieram render homenagem ao pequenino.
Só me resta agora desejar a todos um FELIZ NATAL!
beijos

A importãncia do NIlo


O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente.

O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 quilômetros. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria.O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo.Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sistemas de irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Assuã.

A palavra Nilo é oriunda do latim Nilus que deriva do grego Neilos, os egípcios chamava o rio Nilo de Aur ou Ar, que significa “negro”. No decorrer da história, o rio Nilo sempre desempenhou um papel fundamental para diversas nações, especialmente para a civilização egípcia.

O Nilo é tão importante para o Egito que grande parte da população, cerca de 90%, se encontra estabelecida em suas margens.

A origem da civilização egípcia teve início há aproximadamente 5 mil anos, para o desenvolvimento da agricultura, em uma área de deserto, o Egito sempre foi dependente do ciclo do rio, com cheias e vazantes.

Perucas antigas eram feitas com crina de cavalo e de bode


Achei superinteressante uma matéria vinculada no site da globo. com sobre a origem e história das perucas, em um outro post aqui mesmo neste blog eu já havia comentado sobre a história da peruca, por isso eu vou colocar na íntegra a matéria da globo. beijos

Perucas antigas eram feitas com crina de cavalo e de bode
Acessório é usado desde o Egito antigo e era sinônimo de prestígio.Formas e estilos dos fios variaram através dos séculos.

Se hoje a peruca é vista com preconceito, ela já foi sinal de status. Sucesso nas festas à fantasia de hoje, elas nem sempre foram popularmente usadas como deboche. Antigamente, eram sinônimo de elegância, estilo e prestígio.

Do Egito Antigo ao seu auge, nos séculos XVI e XVII, o preparo dos fios postiços deu à profissão de peruqueiro uma reputação única. E, pelo alto valor e raridade dos fios naturais, muitas perucas eram feitas com crina de cavalo e de bode.

As perucas surgiram por necessidade de se proteger do frio e por questões higiênicas. Os egípcios eram especialistas em fazer cabelos falsos, tanto para homens como para mulheres. Assim como os turbantes, eles deixavam a cabeça fresca, protegendo-a do sol. Para usá-las, os cabelos deveriam ser curtos ou raspados. Geralmente, o topo era feito de cabelos encaracolados, e as laterais, de um conjunto de plantas. Quem não podia pagar por um cabelo de verdade, usava lã.No tempo dos romanos, a peruca ficou famosa principalmente entre as mulheres - era um jeito fácil de ser loira, algo desejável numa terra de morenas. Depois disso, não há registros de uso de perucas até o final do século XVI.

A era de ouro da falsa cabeleira
O ano de 1660 é conhecido pela popularização da peruca, como escreveram Katherine Lester e Bess Oerke, em "Accessories of Dress". Antes, Luis XIII, rei da França, usava perucas de cabelos naturais. Seu sucessor, Luis XIV, era famoso por sua cabeleira farta, mas teve que adotar a peruca quando ficou calvo, aos 32 anos. Na Inglaterra, o rei Carlos II sempre foi adepto da peruca, primeiro de cor preta e depois marrom. Prestigiada na cabeça da nobreza, ela se tornou um dos acessórios mais importantes do estilo masculino da época.

Sua popularização levou a uma enorme procura por cabelos naturais, que ficaram caros. Há histórias, inclusive, de crianças achadas sozinhas nas ruas que tinham seus cabelos cortados. A alta dos preços fez com que se popularizassem perucas de crinas de bode e de cavalo ou de fibra vegetal. Era comum também que viessem polvilhadas com pó branco.

Os peruqueiros se tornaram célebres, e sua atividade ganhou status de arte. Diz-se que o rei francês Luis XV tinha a seu dispor 40 peruqueiros. Foi durante seu reinado que a peruca ganhou um laço de fita de seda na altura da nuca.

Nesse período, a peruca era o orgulho do homem, e um cavalheiro distinto não poderia aparecer em publico sem a sua. A falta dela, em algumas classes sociais, era considerada até ofensiva.

Parte da igreja questionava e até abominava o uso da peruca. Em 1690, Jean-Baptiste Thiers, padre de Champrond, na França, publicou por sua conta um livro de 550 páginas chamdo "História da peruca", em que detonava quem a usava. A obra virou uma Bíblia para os que queriam agredir a peruca.

Roubos nos EUA
A moda das perucas chegou aos Estados Unidos por volta de 1675, entre os mais ricos, que tinham o costume de raspar a cabeça. O preço era caro, e isso gerou uma onda de ladrões de peruca, que eram conhecidos por levarem a cabeleira falsa no meio de multidões e deixarem os homens carecas. Muitos políticos puritanos protestaram contra as perucas, que chamavam de ‘moita de vaidade’. Em 1700, as perucas passaram a adornar não só as cabeças de norte-americanos ricos, mas também de serventes, militares e comerciantes. Eles podiam escolher entre vários estilos: compridos, curtos, com cabelos enrolados ou rabo-de-cavalo.

Declínio


A Revolução Francesa, em 1789, deu o golpe final no uso geral e costumeiro das perucas, que entrou em declínio e saiu de moda - a simplicidade dominou o período. Mais tarde, a peruca até foi usada, mas não de maneira tão popular. Hoje, ela permanece em algumas ocasiões formais. Um exemplo são os tribunais criminais da Inglaterra. Em 2007, o lorde Phillips of Worth Matravers disse que as perucas, usadas por profissionais britânicos da área jurídica desde o século XVII, não seriam mais necessárias em casos civis ou de família - apenas em tribunais criminais. Uma pesquisa realizada em 2003 indicou que mais de dois terços dos entrevistados queriam eliminar as perucas em casos civis.

Críticos das perucas classificam-nas como anacrônicas, assim como desconfortáveis e caras. Uma peruca para uso em tribunais, na altura do ombro, chega a custar mais de US$ 3 mil - cerca de R$ 7 mil.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O jazz


A origem da palavra jazz é desconhecida e até 1915 não era aplicado a música, a palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato e a expressão foi posta em uso, pela primeira vez com um sentido perjorativo de acordo o pesquisador Fernando Monteiro " por rivais do café Lamb’s, de Chicago, relativamente ao acúmulo de metais do som produzido pela Tom Brown’s Band, ou Brown’s Dixieland Jass Band, conforme o cartaz que o Lamb resolveu afixar, pegando o mote dos rivais para invertê-lo em propaganda: “A Browns Jass Band é mais uma atração nossa – diretamente de New Orleans – apresentando a melhor música de dança de Chicago!”
A partir daí a palavra e o estilo caiu na boca do povo e durante seu desenvolvimento inicial, o jazz também incorporava hinos religiosos da Nova Inglaterra e das músicas populares Norte americanas dos séculos XIX e XX, baseados em tradições de musicais européias.

sábado, 6 de setembro de 2008

História da televisão

Aparelho de Tv de 1934
A necessidade de representar fatos e sentimentos através das imagens acompanha o homem desde a história da civilização. No passado, esses registros eram feitos nas cavernas, representando as emoções e vivências do dia-a-dia, como por exemplo, as caçadas. Na história da televisão não poderia ser diferente, uma vez que invadiu os lares com tamanha força e poder da realidade, manipulando opiniões e modificando o comportamento da sociedade.
A história da televisão deve-se a grandes matemáticos e físicos, pertencentes às ciências exatas que entregaram para as ciências humanas um grande e poderoso veículo. Desde o início do século XIX, os cientistas estavam preocupados com a transmissão de imagens a distância e foi com o invento de Alexander Bain, em 1842, que obteve-se a transmissão telegráfica de uma imagem (fac-símile), atualmente conhecido como fax. Em 1892, Julius Elster e Hans Getiel inventaram a célula fotoelétrica e em 1906, Arbwehnelt desenvolveu um sistema de televisão através de raios catódicos (empregava a exploração mecânica de espelhos somada ao tubo de raios catódicos). Mas em 1920, o inglês John Logie Baird realizou as verdadeiras transmissões. Preparou-se durante seis anos, exibindo seus estudos para a comunidade científica em Londres no Royal Institution e sendo logo contratado pela BBC para transmissões experimentais. A primeira emissão oficial de televisão aconteceu na Alemanha, em 1935, e em novembro do mesmo ano, na França. Em 1936, inaugurou o funcionamento regular da BBC, em Londres. Em 1939, nos Estados Unidos, a NBC inicia suas transmissões. Neste mesmo ano acontece no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a primeira transmissão de televisão em circuito fechado, de que se tem conhecimento.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

História do Brasil


Na revista Klepsidra, encontrei um artigo muito interessante sobre milícias negras no Brasil. Lá no site da Revista podemos ler o artigo na íntegra, quem quiser conferir é só acessar: http://www.klepsidra.net/novaklepsidra.html


Um pedacinho do resumo que eu encontrei lá:


Francis Albert Cotta, em seu artigo Milícias negras na América Portuguesa: defesa territorial, manutenção da ordem e mobilidade social apresenta o surgimento e o crescimento da importância da participação militar de negros e mulatos nas guerras travadas por Portugal no mundo atlântico para depois de debruçar na atuação das milícias negras na região das Minas Gerais. O autor mostra como as parcelas menos favorecidas da população se inseriam nos corpos militares objetivando a ascensão social ou a resistência ao escravismo reinante, bem como as próprias estratégias militares do período foram transformadas pelas experiências prévias dos novos soldados africanos.

Cem cordéis, dois livros


Estava navegando pelo site da Biblioteca NAcinal e vi esta notícia interessante:

Serão lançados este mês os livros da coleção "100 Cordéis Históricos Segundo a Academia Brasileira de Literatura de Cordel". Com 13 mil títulos em seu acervo, a instituição selecionou 41 cordelistas, principalmente do fim século XIX ao século XX, e, com apoio da Petrobras, publicou os textos escolhidos em uma caixa com dois livros, totalizando 568 páginas.
O lançamento está marcado para o dia 9 de setembro. A Academia Brasileira de Literatura de Cordel fica na R. Leopoldo Fróes, 37 em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Mais informações pelo telefone (21) 2232-4801. Na página da Academia é possível solicitar a reserva dos livros.
http://www.ablc.com.br/

sábado, 30 de agosto de 2008

Revista - ArtCultura


ArtCultura: Revista de História, Cultura e Arte é uma publicação semestral do Instituto de História, vinculada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia. Fomenta o diálogo interdisciplinar entre História, as Artes e a Cultura em geral. Seus eixos de interesse se apóiam nas relações entre História e distintos campos de produção cultural, como cinema, teatro, literatura, música, artes visuais, arquitetura e demais áreas das humanidades.
Como adquiri:
EDUFU – Editora da Universidade Federal de Uberlândia Av. João Naves de Ávila, 2121, Campus Santa Mônica, Bloco A – Sala 1A-01Uberlândia - Minas GeraisCEP: 38400-902 http://www.edufu.ufu.br/mailto:artcultura@inhis.ufu.br

Parabéns


A professora e historiadora Marieta Pinheiro de Carvalho, 31 anos, foi a vencedora do Prêmio D. João VI, entregue em Julho, em cerimônia solene no Palácio da Cidade, em Botafogo, no Rio de Janeiro.Doutoranda em História pela UERJ, a professora recebeu um cheque no valor de R$ 50 mil e terá seu trabalho Uma idéia ilustrada de cidade: as transformações urbanas no Rio de Janeiro de D. João VI (1808-1821) transformado em livro que será publicado até novembro.O trabalho de pesquisa foi todo concentrado no aspecto urbanístico e mostra que o Rio de Janeiro não era o que a Coroa Portuguesa esperava quando aqui chegou, uma cidade planejada e racional, mas sim, uma cidade com feição colonial e explica como a influência européia transformou o Rio em uma cidade imperial, além de ter sido a única cidade do mundo transformada em capital de um império europeu abaixo dos trópicos.
O Prêmio D. João VI de Pesquisa foi criado em 2007 pela prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal das Culturas, com o objetivo de premiar a melhor monografia sobre o impacto urbano na cidade a partir da chegada da Família Real.

África, ontem e hoje


No Rio de Janeiro, curso gratuito sobre o continente africano

A partir do dia 4 de setembro, o Centro Cultural José Bonifácio sedia o curso 'África: ontem e hoje'. As aulas acontecerão das 19h às 21h e são gratuitas. Mais informações pelo telefone: (21) 22337754.


Confira a programação:
Aula 1: Geografia e história da África

As grandes migrações no interior do continente e as alterações no quadro geográfico. As sociedades africanas no mapa colonial e a descolonização. A aula tem como objetivo apresentar um panorama geral sobre a África.

Aula 2 e 3: Escravidão na África pré-colonial

A aula está prevista para se apresentada em duas partes. Na primeira parte será feito um balanço historiográfico sobre a escravidão na África analisando textos clássicos sobre o tema (Meillassoux, Miers&Kopitoff, Lovejoy). Na segunda parte serão apresentados alguns casos concretos, dando como exemplo a escravidão nos grandes reinos africanos, nas áreas de expansão islâmica e em sociedades descentralizadas.

AULA 4: O islã na África ocidental

Como o Islã foi um fator importante no desenvolvimento do comércio transaariano e mais tarde será usado como elemento integrador para os movimentos de resistência contra a colonização européia.

AULA 5: África Atlântica

A aula pretende apresentar uma visão panorâmica da História da África a partir do século no início do século XX, sobre as regiões cujas populações, durante séculos de contato e transferência forçada pelo tráfico transoceânico de escravos, se constituíram como elementos formadores da sociedade brasileira. Pretende-se ainda focalizar as mudanças que se desenvolvem a partir das novas formas de inserção do continente africano no cenário mundial.

AULA 6: Relíquias da África Central no congado de Minas Gerais

A aula visa a aprofundar a discussão historiográfica sobre a construção da memória afro-brasileira a partir de objetos da África Central do fim do século XIX e início do XX com funções ritualísticas no congado de Minas Gerais. Essa discussão permite pensar as fontes orais e iconográficas como as grandes aliadas para o estudo da História da África e Brasil

AULA 7: Os retornados do Benim, Togo, Nigéria e Gana: Agudás e Tabons

Trata do chamado "retorno" de escravos libertos à África e da formação das comunidades Agudás (nos atuais Benim, Togo e Nigéria) e Tabom (em Gana), ao longo dos séculos XIX e XX. Esses movimentos migratórios de ida e vinda através do Atlântico durante e posteriormente o fim do tráfico de escravos constituíram um complexo processo de construção de novas identidades sociais nesses países africanos, de modo a permitir que os retornados superassem o estigma da escravidão e se integrassem - como cidadãos de pleno direito nas sociedades que os haviam excluído anteriormente. Nesta aula são tratados dois aspectos da questão: o surgimento dessas identidades no passado; e o modo como hoje seus integrantes atuam de modo organizado e diferenciado em diversos campos da vida social.

AULA 8: O colonialismo e as independências na África

Os diferentes tipos de colonização e tipos de luta pró-independência/ libertação serão analisados, utilizando conceitos como descolonização/ libertação, novo princípio da ocupação. Trataremos ainda do racismo como ideologia orgânica do colonialismo e dos partidos políticos e movimentos de libertação no pós-guerra.

AULA 9: A construção da idéia de África: representações do continente "negro"Crise e renovação da historiografia africana". História imperial: mitos de um continente sem História. Independências africanas e construção de uma nova historiografia.

AULA 10: África no cenário político e econômico internacional. Estadismo, privatização e crise geral do estadoUm panorama geral dos espaços econômicos africanos será apresentado e analisado. Analisaremos a noção de desenvolvimento do subdesenvolvimento e a situação de crise do estado na África.

AULA 11: Somália, Ruanda e Libéria - "Nações sem Estado, Estados sem nações"

A análise entre as semelhanças e as diferenças entre as histórias pós-independência desses três países nos guiam para uma série de reflexões sobre a "construção" dos Estados e a possível relação entre "Estados fracos", ou "quase-Estados" , guerras civis, insegurança, desequilíbrio regional e a necessidade - ou não - de intervenções externas. O objetivo é apresentar essas histórias e identificar elementos sociais, políticos e econômicos que levaram as instituições desses países à ruína e como se deram as respostas internas e externas, bem como suas conseqüências.

AULA 12: Dinâmicas africanas em contexto de desenvolvimento. Dois exemplos: Benin e São Tomé e Príncipe

Nesta aula, serão apresentados e analisados projetos de desenvolvimento e a atuação dos técnicos de ONGs na região de Abomé (Benim) e nos antigos latifúndios de São Tomé e Príncipe. Analisaremos esses estudos de caso à luz das problemáticas atuais do continente.

Patrimônio em perigo


Um incêndio que destruiu a Igreja Nossa Senhora Aparecida, primeiro templo de Brasília, erguido em 1956 pelos nordestinos que construíram a cidade. Na época, o governo do Distrito Federal prometia erguer, no lugar, uma réplica fiel da construção.

Promessa cumprida. Depois de sete meses e 250 mil reais investidos na reconstrução, ficou de pé, em julho, a nova versão da igreja, na mesma praça da Vila Metropolitana. Todo mundo satisfeito? Nem tanto. O poder público parece ter se inspirado na arte de copiar o original, e manteve também inalterado o pouco caso com que trata desse patrimônio. Quem diz é Glorinha Bonfim, ativista que denunciou o incêndio do ano passado e continua na luta pela preservação da igreja: “Não há nenhum programa que se possa divulgar. Sei apenas de ações isoladas de alguns interessados”.Preocupante mesmo é ouvir queixas quanto ao desinteresse do governo da boca de seu próprio representante. José Carlos Coutinho, diretor do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico do Distrito Federal (DePHA), diz que a reconstrução da igreja “poderia ter acabado antes se não fosse a burocracia” e, pior, que este não é um caso isolado. “Todo o patrimônio de Brasília está ameaçado.
Até a Praça dos Três Poderes está sujeita a essa situação”, afirma Coutinho. Ele reclama que faltam recursos e pessoal para que o órgão cumpra sua função de “manter constante vigilância”. E lamenta: “A cultura não é e nunca foi prioridade de nenhum governo. O que podemos fazer é não esmorecer e continuar lutando com os recursos que temos”.O desanimador discurso oficial pode ajudar a entender o que houve com a Igreja Nossa Senhora Aparecida. Como preservar “não é prioridade”, deixa-se ruir e depois faz-se uma obra para botar uma réplica no lugar. Quem sabe, em breve, estaremos aqui reivindicando a réplica da réplica.

Navegador do outro mundo


Imagine se, em vez de português, você hoje falasse chinês — ou se Brasil fosse escrito assim: . No que dependesse de um almirante chamado Zheng He, poderia ser verdade. Entre 1405 e 1433, ele comandou uma imensa frota que percorreu a Ásia e o leste da África, até a atual Tanzânia. Faltou pouco para dobrar o Cabo da Boa Esperança, na pontinha do continente africano — o que o português Bartolomeu Dias só faria em 1488 — e achar o caminho para a América (veja mapa na página 74). Tudo isso oito décadas antes de exploradores cujos nomes o Ocidente sabe de cor, como Cristóvão Colombo.
Muitas diferenças, porém, separam as sete expedições de Zheng He das similares ocidentais. A primeira delas era bem visível: reunindo até 28 000 homens e 317 navios (alguns mais compridos que um campo de futebol), suas esquadras eram colossos flutuantes. Mais: pelo menos desde 1117 — setenta anos antes dos europeus — os chineses já usavam a bússola para navegar. Também dividiam o casco do navio em gomos, evitando que se inundasse todo em caso de acidente, truque que os ocidentais levariam séculos para descobrir.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rosa de Hiroxima




Pensem nas crianças mudas telepáticas

Pensem nas meninas cegas inexatas,

Pensem nas mulheres rotas alteradas,

Pensem nas feridas como rosas cálidas,

Mas não se esqueçam da rosa da rosa,

Da rosa de Hiroxima a rosa hereditária,

A rosa radioativa estúpida e inválida,

A rosa com cirrose a anti-rosa atômica,

Sem cor nem perfume sem rosa sem nada.



Rosa de Hiroxima



Vinícius de Morais



Um pouco atrasada, mas ainda em tempo, para falar um pouco sobre o dia 06 de agosto, data em que uma nuvem em forma de cogumelo, deixada pela bomba atômica que explodiu a 550 m. de altitude no centro de Hiroshima, Japão, a 6 de Agosto de 1945, atingiu 18 km de altura.

"Meu Deus, o que foi que nós fizemos?" Eram 8h 16min 8s. do dia 6 de agosto de 1945. A interrogação foi a primeira reação de um dos tripulantes do Elona Gay, após presenciar a devastação produzida pela primeira bomba atômica jogada sobre uma cidade povoada. Elona Gay foi o nome dado ao avião norte-americano B-29 pelo seu comandante em homenagem à própria mãe. A cidade era Hiroxima, no Japão, que desapareceu em baixo de uma nuvem em forma de cogumelo. As notícias sobre a cidade eram desencontradas, e ninguém sabia exatamente o que ocorrera. No dia 9 outra bomba atômica foi lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os norte-americanos haviam treinado durante meses uma esquadrilha de B-29 para um ataque especial. Nos aviões, quase ninguém sabia o que transportava. Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroxima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos no contexto do término da Segunda Guerra Mundial. Os generais japoneses ainda tentaram resistir, até serem convencidos do contrário pelo próprio imperador Hiroíto. No dia 15 de agosto de 1945 os japoneses escutam pelo rádio a rendição incondicional do país. Em 2 de setembro o encouraçado norte-americano Missouri entrou na baía de Tóquio e a paz foi assinada. A Segunda Guerra chegava ao fim, deixando um salde de 50 milhões de mortos em seis anos. A bomba atômica tinha sido mais um episódio desumano na história da Segunda Guerra Mundial.
Essa mancha ficará para sempre na nossa história, e que as gerações futuras não cometam os mesmos erros.


O carro de boi

O carro de boi ainda é muito usado no nordeste, em muitos casos, como um dos principais meios de transportes de cargas (produtos agrícolas) e pessoas. Nos primeiros tempos da colonização, além de manter em movimento a indústria açucareira - da roça ao engenho, do engenho às cidades, o carro de bois mobilizava a maior parte do transporte terrestre durante os séculos XVI e XVII. Transportavam materiais de construção para o interior e voltavam para o litoral carregados com pau-brasil e produtos agrícolas produzidos nas lavouras interioranas. No Brasil colonial, além dos fretes, o carro de bois conduzia famílias de um povoado para outro – muitas vezes transformado em “carro-fúnebre” e os carreiros precisavam lubrificar os cocões para evitar a cantoria em hora imprópria.
Rústico, modesto, vagaroso, o carro de boi foi, sem dúvida alguma, um dos fatores que muito concorreram para o progresso rural do Brasil.
Todo de madeira, compõe-se de duas peças principais: o estrado e o conjunto roda-eixo. O estrado, gradeado ou de pranchas de madeira justapostas, é retangular, apresentando na parte dianteira um varal ou lança - o "cabeçalho". Em cada borda do estrado são fincadas varas roliças - os "fueiros" - que amparam lateralmente a carga. As rodas, em número de duas, geralmente maciças, por vezes com recortes semilunares, elípticos ou losangulares, são de madeira rija, altas e pesadas, protegidas por um aro de ferro quando rolam em terreno pedregoso. Estão solidamente encaixadas no eixo-móvel, que gira entre quatro peças de madeiras - os "cocões" – embutidas no estrado (duas de cada lado) que se apoia sobre eixo pelos "calços". Entre o calço e o eixo é colocado um indispensável suplemento - a "cantadeira" - untada com uma pasta de sebo e pó de carvão, para fazer o carro gemer, quando atritada durante a marcha. "carro que não canta não presta. Não é carro!"... O seu gemido característico, ligeiramente modulado, constitui motivo de orgulho para o correiro que não dispensa nunca.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Independência da Bahia


Esta é uma data máxima para a Bahia e uma das mais importantes para a nação, já que, mesmo com a declaração de independente, em 1822, o Brasil ainda precisava se livrar das tropas portuguesas que persistiam em continuar em algumas províncias. Então, pela sua importância, principalmente para os baianos, todos os anos a Bahia celebra o 2 de Julho. Tropas militares relembram a entrada do Exército na cidade e uma série de homenagens são feitas aos combatentes.
Entre todas as comemorações, a do ano de 1849 teve um convidado muito especial. O marechal Pedro Labatut, que liderou a tropas brasileiras nas primeiras ofensivas ao Exército Português, participou do desfile, já bastante debilitado e sem recursos financeiros, mas com a felicidade de homenagear as tropas das quais fez parte.
Para chegar a este dia, muita luta foi travada...
O Brasil do início do século XVIII ainda era dominado por Portugal, enquanto o Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e a Bahia continuavam lutando pela independência. As províncias não suportavam mais a situação e, percebendo os privilégios que o Rio de Janeiro estava recebendo por ser a capital, Pernambuco e Bahia resolveram se rebelar.
Recife deu início a uma revolução anti-colonial em 6 de março de 1817. Esta revolução tinha uma ligação com a Bahia, já que havia grupos conspiradores compostos por militares, proprietários de engenhos, trabalhadores liberais e comerciantes. Ao saber desta movimentação, o então governador da Bahia, D. Marcos de Noronha e Brito advertiu alguns deles pessoalmente.
O governo estava em cima dos conspiradores e, devido à violenta série de assassinatos, muito baianos resolveram desistir. Com toda esta repressão, a revolução de Recife acabou sendo derrotada. Os presos pernambucanos foram trazidos para a Bahia, sendo muitos fuzilados no Campo da Pólvora ou presos na prisão de Aljube, onde grande personagens baianos também estavam presos.
Movimentação pela independência:
Diante das insatisfações, começaram as guerras pela independência. Os oficiais militares e civis baianos passaram a restringir a Junta Provisória do Governo da Bahia, que ditava as ordens na época, e com esta atitude foi formado um grupo conspirativo que realizou a manifestação de 3 de Novembro de 1821.
Esta manifestação exigia o fim da Junta Provisória, mas foi impedida pela "Legião Constitucional Lusitana", ordenada pelo coronel Francisco de Paula e Oliveira. Os dias se passaram e os conflitos continuavam intensos. Muitos brasileiros morreram em combate.Força portuguesa:
No dia 31 de Janeiro de 1822 a Junta Provisória foi modificada. E depois de alguns dias, chegou de Portugal um decreto que nomeava o brigadeiro português, Ignácio Luiz Madeira de Mello, o novo governador de Armas. Os oficias brasileiros não aceitavam esta imposição, pois este decreto teria que passar primeiro pela Câmara Municipal. Houve, então, forte resistência que envolveu muitos civis e militares.
Madeira de Mello não perdeu tempo e colocou as tropas portuguesas em prontidão, declarando que iria tomar posse. No dia 19 de fevereiro, os portugueses começaram a invadir quartéis, o forte São Pedro, inclusive o convento da Lapa, onde haviam alguns soldados brasileiros. Neste episódio, a abadessa Sónor Joana Angélica tentou impedir a entrada das tropas, mas acabou sendo morta.
Concluída a ocupação militar portuguesa em Salvador, Madeira de Mello fortaleceu as ligações entre a Bahia e Portugal. Assim a cidade recebeu novas tropas portuguesas e muitas famílias baianas fugiram para as cidades do recôncavo.
Contra-ataque brasileiro:
No recôncavo, houve outras lutas para a independência das cidades e o fortalecimento do exército brasileiro. O coronel Joaquim Pires de Carvalho reuniu todo seu armamento e tropas e entregou o comando ao general Pedro Labatut. Este, assim que assumiu, intimidou Madeira de Mello.
Labatut organizou todo seu exército em duas brigadas e iniciou uma série de providências. Aos poucos o exército brasileiro veio conquistando novos territórios até chegar próximo a cidade de Salvador.
Madeira de Mello recebeu novas tropas de Portugal e pretendia fechar o cerco pela ilha de Itaparica e Barra do Paraguaçu. Esta atitude preocupava os brasileiros, mas os movimentos de defesa do território cresciam. E foi na defesa da Barra do Paraguaçu que Maria Quitéria de Jesus Medeiros se destacou, uma corajosa mulher que vestiu as fardas de soldado do batalhão de "Voluntários do Príncipe" e lutou em defesa do Brasil.
Em maio de 1823, Labatut, em uma demostração de autoridade, ordenou prisões de oficiais brasileiros, mesmo sendo avisado do erro que estava cometendo, e acabou sendo cassado do comando e preso. O coronel José Joaquim de Lima e Silva assumiu o comando geral do Exército e no dia 3 de Junho ordenou uma grande ofensiva contra os portugueses. Com a força da Marinha Brasileira, o coronel apertou o cerco contra a cidade de Salvador, que estava sob domínio português, restringindo o abastecimento de materiais de primeira necessidade. Diante destes fortes ataques e das necessidades que estavam passando, Madeira de Mello enviou apelos e acabou se rendendo. Com a vitória, o Exército Brasileiro entrou em Salvador consolidando a retomada da cidade e fim da ocupação portuguesa no Brasil.
Fonte: Ibahia.com.br

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Viva São João do NOrdeste


Olá a todos, o São João sempre foi uma das festas que mais me agradou no decorrer do ano, diferente do Natal, ele faz parte da nossa cultura porque é herança dos portgueses, mas as festas juninas são muito antigas, anteriores inclusive ao cristianismo e - conseqüentemente - à Igreja Católica. Suas origens estão no Egito Antigo, onde nesta época era celebrado o início da colheita, cultuando os deuses do sol e da fertilidade.
Com o domínio do Império Romano sobre os egípcios, essa tradição foi espalhada pelo continente europeu, principalmente na Espanha e em Portugal. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Ocidente, a festa mudou para homenagear o nascimento de São João Batista, que foi quem batizou Jesus.
Por ser colônia portuguesa, o Brasil herdou o costume, principalmente no Nordeste, em que os festejos coincidem com a colheita de milho. A data passou a parte do calendário católico, seguindo o exemplo de outras comemorações de dias santos, como o nascimento de Cristo (Natal) e sua morte (Páscoa).
As chamadas festas juninas reúnem as homenagens aos principais santos reverenciados no mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro. A época é marcada por brincadeiras, comidas típicas, dança e muita superstição, presentes nas simpatias juninas. É a hora de se vestir de caipira e aproveitar esta festa que é um misto de profana e religiosa.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Mangá


Adoro mangá e em homenagem a cultura japonesa resolvi postar sobre eles, a imagem acima é de Lorine, a mangaka brasileira que foi tema de uma entrevista em uma revista japonesa. A reportagem teve como tema a expansão do mangá pelo mundo, e decidiram entrevistar um artista estrangeiro, segundo os editores, "para mostrar aos japoneses que o mangá e o animê não são só para japoneses, extrapolando as barreiras continentais".A entrevista foi publicada na revista Windows 100%, da editora Shinyusha.
O mangá ou manga (漫画, Manga) é a palavra usada para designar as histórias em quadrinhos japonesas, o seu estilo próprio de desenho e o movimento artístico relacionado. No Japão designa quaisquer histórias em quadrinhos. Vários mangás dão origem a animes para exibição na televisão, em vídeo ou em cinemas, mas também há o processo inverso em que os animes tornam-se uma edição impressa de história em sequência ou de ilustrações.fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1
Mangá é um estilo de quadrinho oriental. Suas origens remontam a China, mas é no Japão que os quadrinhos realmente ganharam força, principalmente depois de 1967, com a criação de “A Princesa e o Cavaleiro”, do mestre Osamu Tezuka.
Foi através dele que o mangá ganhou as características que conserva até hoje, principalmente a dos grandes olhos de seus personagens, para maior expressividade, e também das páginas em preto e branco. Tradicionalmente também, a leitura é feita de trás para frente, da direta para a esquerda, devido à escrita japonesa.
No Brasil, em meados de 1977, o anime de “A Princesa e o Cavaleiro” foi exibido com grande sucesso, mas com o passar das décadas, essa cultura aos desenhos orientais foi diminuindo até cair no esquecimento.
Em 1995, com o aparecimento de “Cavaleiros do Zodíaco”, exibido pela extinta Rede Manchete, a chama do mangá e anime avivou-se, e muitos outros títulos de sucesso japoneses chegaram aqui.
Os mangás dividem-se em diversos estilos diferentes, entre eles o shoujo mangá (ou mangá para meninas, como Fushigi Yûgi, publicado aqui no Brasil) e o shounen mangá (para meninos, como Dragon Ball Z, também publicado aqui). Ambos os estilos têm características únicas e prendem a atenção de seus leitores do começo ao fim!
(texto de Paula Toledo)