terça-feira, 30 de junho de 2009

Hijab (véu)


Hijab (véu), quer dizer, em árabe, "o que separa duas coisas". O véu da noiva significa separar-se da vida de solteira, para entrar em uma nova vida; a de esposa.
A origem do uso do véu esta na antigüidade quando era usado como parte do vestuário feminino, principalmente pelas mulheres da nobreza, pois sua pele devia ser clara. As camponesas tinham a pele escura curtida pelo sol. A função do véu era proteger os cabelos e a pele do rosto e pescoço contra danos causados pelo sol e pelo vento.
Alguns historiadores afirmam que o véu de noiva tem origem na Grécia e depois em Roma, pois eles entendiam que que o véu protegeria a noiva dos infortúnios, dos maus espíritos e também de outros possíveis admiradores.
Na Idade Média, o uso do véu entre as mulheres dos povos Anglo-saxões se dava apenas entre as mulheres casadas, e jovens solteiras não podiam usa-lo.
O véu tem seu significado religioso no Cristianismo pois ele aparece em todas as representações de Maria, Mãe de Jesus Cristo. O uso do véu na igreja era comum antes da década de 1960.
O véu da noiva também esta ligado a mitologia, pois Ishtar, a antiga Deusa do Amor, surgiu das profundezas e os vapores da terra e do mar cobriram-na " como um véu ".
O véu é uma peça misteriosa pois ao mesmo tempo que esconde, destaca a beleza da mulher.
Existem muitas outras tradições, histórias e explicações para o uso de véu de noiva, uma das justificativas mais conhecidas fala sobre a virgindade da noiva, representada pelo seu véu branco.

Fonte: Enciclópedia do Mundo e alguns sites na net

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Origem do buquê de noiva




Prometi a uma amiga que está noiva, que postaria um pouco sobre a história dos acessórios que compõem um casamento, a começar pelo buquê de noiva, ornamento usado desde a antiguidade e que tem significado ímpar.
A tradição do buquê de noiva está ligada a simbologia da vida, já que as flores são os órgãos reprodutores das plantas, portanto está ligada a fertilidade. Acredita-se que o buquê teria surgido na Grécia como uma espécie de amuleto contra o mau-olhado e, o buquê era feito com uma mistura de alho, ervas e grãos. Esperava-se que o alho afastasse maus espíritos e as ervas ou grãos garantiam uma união frutífera.
Na Idade Média era comum a noiva fazer o trajeto a pé para a igreja e no caminho recebia flores ou ervas e temperos para trazer felicidade e boa sorte. Ao fim do trajeto ela tinha já formado um buquê e cada um destes presentes tinha um significado referente, assim os antigos romanos costumavam atirar flores no trajeto da noiva, pois acreditavam que as pétalas fariam a noiva ter sorte e dar carinho ao marido.
Na Europa, durante a Idade Média, os arranjos começaram a tornar-se mais sofisticados, devido à chegada de flores exóticas.
Na época Vitoriana, era impróprio declarar abertamente seus sentimentos, criou-se então a “Linguagem das Flores” para demonstrar suas intenções sem falar uma palavra sequer. Os buquês passaram a ser escolhidos por causa do significado das flores.
Na antiga Polônia, acreditava-se que, colocando açúcar no buquê da noiva, seu temperamento se manteria "doce" ao longo do casamento.
Antigamente havia o hábito de guardar o buquê sob uma redoma de vidro, exposto sobre algum móvel na sala ou na cômoda do quarto.

Nos dias de hoje, o buquê é essencial para que o traje da noiva esteja completo. Ele pode ser feito de flores naturais ou artificiais.
Nos casamentos realizados na parte manhã ou a tarde, é aconselhável que o buquê seja de pequeno ou médio porte e com flores do campo ou flores coloridas, já para as cerimônias a noite recomenda-se buquê maior com flores mais nobres e chamativas.
Os formatos dos buquês podem ser: pequeno e redondo, cheio e redondo, tipo cascata ou tipo braçada.
Lembre-se que os buquês em flores naturais devem ser conservados em água ou no refrigerador, dependendo da flora, até a hora do casamento.
O importante é você escolher um buquê de acordo com seu vestido e personalidade e caso você não queira se desfazer do buquê então faça outro para ser tradicionalmente jogado às convidadas. Essa tradição já era praticada na antiguidade e por isso confeccionava-se dois buquês: o primeiro, abençoado pelo sacerdote era guardado. O segundo, era lançado em direção às mulheres solteiras. Aquela que conseguir pegá-lo, teria a sorte de ser a próxima a casar.

Abaixo os significado das flores:

· Cactus: perseverança
· Copo de leite: reconciliação
· Tulipa: declaração de amor
· Coroa imperial: majestade, poder
· Margarida: inocência, virgindade
· Camélia: beleza perfeita
· Cravo amarelo: desprezo
· Lírio: pureza
· Miosótis: fidelidade
· Flores do campo: juventude
· Celósia: fertilidade
· Cravos variados: rejeição
· Crisântemo: paixão
· Rosas: amor em suas várias formas
· Dália: crescimento
· Hortência: frieza, indiferença
· Dedaleira: falsidade
· Gerânio escuro: tristeza
· Dente-de-leão: oráculo
· Gérbera: vida, energia

Fonte: SOS noivas, Superinteressante, períodicos entre outras fontes na internet.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

14 Bis - O filme


Não é que achei também a referência de um filme sensacional e histórico que retrata a história do início da aviação. Em 23 de outubro de 1906 o mundo se rende a um brasileiro. Diante de grande público, Santos Dumont, a bordo do 14 Bis, realiza o primeiro vôo de avião da história, levando ao delírio a multidão presente no Campo de Bagatelle, em Paris. Anos depois, Alberto se depara com o uso que a humanidade fez de seu invento: um instrumento bélico durante a Primeira Grande Guerra.

Elenco
* Daniel de Oliveira - Alberto Santos Dumont
* Rosanne Mulholland - Lantelme
* Nicola Siri
* Daniel Granieri

Mayana Feuchard
Rico Mansur
Luciano Gatti
Eucir de Souza
Roberto Hatner
Luciano Bortoluzzi
Lui Strauss
Sérgio Rufino
André SantAnna

Para quem gosta de História é muito bom conferir e comparar com as pesquisas sobre vida, morte e trajetória do inventor.

Fraude na morte de Santos Dumont


Pessoal, eu estava lendo um artigo no site da Revista História Viva que diz que a morte de Santos Dumond não passou de uma fraude, postarei o artigo porque achei superinteressante a história na história.
A morte do genial Alberto Santos Dumont foi por décadas edulcorada e relacionada a seu desgosto pelo uso de aviões para fins militares. Nos anos 60 e 70, professores nem mesmo falavam a palavra “suicídio” em sala de aula. Tudo para que o fim de um dos poucos heróis nacionais, capaz de inspirar os pequenos e motivar os adultos, fosse digno de sua biografia. A dar guarida oficial às versões “moralmente elevadas” do desaparecimento do aviador havia um laudo necrológico, assinado pelo legista Roberto Catunda, que indicava morte por “colapso cardíaco”. Uma fraude. Santos Dumont morreu em 23 de julho de 1932, no banheiro do Grand Hôtel de La Plage, na cidade balneária de Guarujá (SP). Há controvérsias sobre o material utilizado como corda: o cinto do roupão ou uma gravata. Tinha apenas 59 anos. Muitos pesquisadores se debruçaram sobre esse episódio, ainda hoje mal explicado. Só o que se tem é de certeza é que, sim, foi suicídio por enforcamento. Permanecem no campo da especulação as razões do ato extremo. A ideia de forjar o laudo necrológico teria sido partilhada por autoridades governamentais e familiares do inventor. A família teria insistido na dispensa da autópsia, e, para a polícia, ceder a esse pedido seria atitude humanitária e honrosa, opinião também do governo paulista, que teria impedido a abertura de um inquérito. Ajeitados os trâmites, a fraude ficou, e a verdade só aos poucos foi sendo descoberta.

Muito interessante mesmo!

Guia do mestre

Achei super a ideia da Revista de História da Biblioteca Nacional em lançar um guia para ajudar os professores de história a trabalhar com o conteúdo da Revista. Os encartes serão distribuidos gratuitamente em colégios do Rio de Janeiro e disponiblizados gratuitamente na Internet para as demais regiões, quiçá para o mundo. O projeto 'Revista de História da Biblioteca Nacional na escola' contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Haverá também uma cerimõnia de entrega destes encartes, que ocorrerá no dia 29/06 às 14 horas no Auditório Machado de Assis da Biblioteca Nacional (Rua México s/nº, Centro, Rio de Janeiro). Quem morar no Rio de Janeiro e for profissional da área, e até mesmo para os pesquisadores, pois acredito que é uma das melhores revistas que temos em nosso país, não percam a oportunidade, pois os encartes proporcionam os alunos a lerem história de forma crítica.
De acordo a divulgação da própria Revista o encarte estarão divididos: em torno de quatro eixos temáticos. “Futebol e sociedade” apresenta conceitos de identidade e cidadania que ajudaram a dar fama ao esporte e torná-lo paixão nacional. Outro encarte trata da “Fotografia e História”, onde os álbuns de família do Império são analisados como formas de construção da imagem da classe senhorial. “Tiradentes e o Altar da Pátria” aborda a Inconfidência Mineira e como o movimento e seu principal líder ganharam destaque na historiografia ao longo do século XX. Por fim, “Os descaminhos do ouro” discute o extravio de minérios em nosso passado colonial e sua relação com traços ainda vivos da sociedade brasileira.

Para se inteirar mais um pouco procurem no site da Biblioteca Nacional onde terão acesso a mais informações.

sábado, 20 de junho de 2009

História Contemporânea - Irã


Aconteceu no dia 12/06 a eleição no Irã, em meio a muita confusão o candidato Ahmadinejad saiu vencedor, embora a população não concorde com o resultado e o candidato opositor e ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi pediu ontem oficialmente a anulação das eleições presidenciais iranianas, Mousavi, derrotado pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, exortou seus seguidores a prosseguir com as manifestações de "forma pacífica e legal".
Mousavi disse nesta segunda-feira, 15, que pede urgência ao Conselho para anular o resultado da eleição ocorrida na última sexta-feira, 12, na qual Mahmoud Ahmadinejad foi o vencedor.

"Após a revisão, o resultado será anunciado aos candidatos, " reportou a agência local ISNA que citou o porta-voz do Conselho de Guardiães, Abbasali Kadkhodai.

"Mousavi e Rezaie entraram com o pedido no domingo. Após o anúncio oficial (da apelação) o Conselho dos Guardiães tem 10 dias para ver se a eleição foi justa ou não", disse Kadkhodai.

Ahmadinejad e o Ministro do Interior possuem acusações de fraude na eleição, e o supremo líder Ayatollah Ali Khamenei tem chamado os iranianos para dar suporte a Ahmadinejad.

Vamos esperar para ver o que irá acontecer, enquanto isto em Teerã milhares de manifestantes saíram às ruas novamente neste sábado, 20, desafiando as advertências feitas na véspera pelo líder supremo do país, aiatolá Ali Khamene, que afirmou que os organizadores seriam responsáveis por um "banho de sangue". Os protestos são contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad numa votação que eles dizem ter sido fraudada. Em resposta à declaração do aiatolá Khamene, o líder da oposição Mirhossein Mousavi disse estar "pronto para o martírio", de acordo com um aliado. Mousavi também pediu uma greve nacional caso seja preso, afirmou uma testemunha. A tendência é que haja uma escalada da tensão política no país

Fonte: Folha de S. Paulo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O diário de Hélène Berr


O tema aqui no blog é a Segunda Guerra Mundial, aproveitando os filmes recomendados também recomendo um livro: O diário de Hélène Berr, que depois de sessenta anos da sua morte foi lançando o ano passado(2008). Só pra vocês terem ideia do conteúdo e da riqueza dos detalhes ali descrito, verdadeiro documento histórico, transcrevo um fragmento do prefácio.

“Será que Hélène Berr tinha o presentimento de que num futuro muito distante seu diário seria lido? Ou temia que sua voz acabasse sufocada, como a de milhões de pessoas que foram massacradas sem deixar rastros? Ao penetrar neste livro, é preciso ficar em silêncio, ouvir a voz de Hélène e caminhar ao lado dela. Uma voz e uma presença que irão nos acompanhar pelo resto de nossas vidas.” - escrito por Patrick Mondiano, romancista francês.

O diário foi mantindo privado por mais de cinco décadas e publicado pela primeira vez na França em janeiro de 2008. comovente diário de uma jovem judia-francesa permite entender o horror e o absurdo enfrentado pelos judeus-franceses na Paris ocupada. Rica e culta, Hélène Berr estudava literatura inglesa na Sorbonne e costumava reunir-se com um grupo de amigos para tocar peças de Beethoven, Schubert e Bach ao violino.
Aos 21 anos, em 8 de abril de 1942, começou a escrever o seu diário, que relatava tudo o que outras garotas da sua idade escreveriam: contava como era a vida em Paris, a rotina na universidade com seus amigos, inconfidências sobre seu romance com o futuro noivo, viagens de férias no campo.

Na segunda-feira, dia 8 de junho, é obrigada pelos alemães, pela primeira vez, a usar a estrela amarela:

"Faz um tempo radiante, bastante fresco depois do temporal de ontem. Os pássaros piam, uma manhã como aquela de Paul Valéry. Primeiro dia em que vou também usar a estrela amarela. São os dois lados da vida neste momento: o frescor, a beleza, a juventude da vida, encarnada nessa manhã tão límpida; a barbárie e o mal, representados por esta estrela amarela"(...)

Hélène Berr escreve nas páginas de seu diário como a ocupação nazista em Paris foi transformando a sua vida e a dos outros judeus seu testemunho vai aos poucos a tornando uma escritora de talento.

Meu Deus, eu não achava que seria tão difícil. Usei de muita energia o dia inteiro. Andei de cabeça erguida e olhei de frente para as pessoas, que desviavam os olhos. Mas é difícil. Aliás, a maioria das pessoas não olha. O mais doloroso é cruzar com outras pessoas que também usam. Nesta manhã, saí com mamãe. Dois garotos apontaram o dedo para nós dizendo: “Ei, você viu? Judeu.” Mas o resto correu normalmente. Na place de la Madeleine, encontramos o senhor Simon, que parou e desceu da bicicleta. Peguei o metrô sozinha até Étoile. Na Étoile, fui ao Artisanat retirar minha blusa, depois peguei o 92. Um rapaz e uma moça estavam esperando, vi que a moça me apontou para o companheiro. E depois falaram alguma coisa. Instintivamente, ergui a cabeça — em pleno sol —, e ouvi: “É repulsivo.” No ônibus, havia uma mulher, uma maid provavelmente, que já tinha dado um sorriso para mim antes de subir e que se voltou para mim várias vezes sorrindo; um senhor muito chique fixava os olhos em mim: não consegui interpretar o sentido do seu olhar, mas o encarei com altivez. Terça-feira, 9 de junho de 1943

Acredito que vocês irão gostar.

O garoto do pijama listrado


Não é a função deste blog fazer propaganda de filmes, mas gostaria de indicar mais um, baseado na História da Humanidade, este filme trabalhando a partir do romance de John Boyne,mostra o Holocausto, na visão de uma criança.
Drama passado na Segunda Guerra Mundial, que mostra a amizade entre um garoto alemão, filho do comandante em um campo de concentração, e um garoto judeu, prisioneiro do campo. Claro que esta amizade proibida trará conseqüências para o garoto e seu pai.
O filme se passa em 1940 e tem início quando o garoto Bruno recebe a notícia de que terá que deixar sua confortável casa em Berlim e se mudar com a família para um lugar isolado, no campo. O motivo é a promoção de seu pai, um oficial nazista, que para ele é apenas um soldado.
Lá, ele conhece Shmuel, que também tem oito anos, mas vive do outro lado da cerca. As visitas ficam cada vez mais freqüentes e, curioso, ele passa a perguntar a seus pais e à sua irmã o que é esse lugar e quem são aquelas pessoas, mas as respostas, ora evasivas, ora negativas, não têm nada a ver com o que seu coração lhe diz.
Espero que gostem da indicação e aproveitem e observe o figurino que é uma verdadeira aula de história.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Eichmann


Adolf Otto Eichmann (nascido como Karl Adolf Eichmann) (19 de Março de 1906, Solingen - 1 de Junho de 1962, Ramla, perto de Tel Aviv, Israel) foi um membro político graduado da Alemanha Nazi e tenente-coronel da SS. Ele foi largamente responsável pela logística do extermínio de milhões de pessoas durante o Holocausto, em particular Judeus, o que foi chamado de "solução final" (Endlösung). Ele organizou a identificação e o transporte de pessoas para os diferentes campos de concentração, sendo por isso conhecido freqüentemente como o 'Executor Chefe' do Terceiro Reich.

Um filme baseado nas confissões finais feitas por Adolf Eichmann, antes de sua execução em Israel. Capturado pelo serviço secreto da Argentina quinze anos após o final da Segunda Guerra Mundial, Eichmann, era o homem mais procurado do mundo. Em suas confissões Eichmann relata que foi o arquiteto do plano chamado de Solução Final de Hitler.
Enquanto todos aguardavam pela condenação do executor chefe nazista, o capitão israelense Avner Less, cujo próprio pai falecera em um campo de concentração é o responsável pela dura tarefa de arrancar toda a verdade de Eichmann. O resultado desta batalha mental entre dois homens e o passado foi à transformação de toda uma nação.

Elenco:
Thomas Kretschmann... Adolf Eichmann
Troy Garity... Avner Less
Franka Potente... Vera Less
Stephen Fry... Minister Tormer
László Barnák... Night Young Guard
Dénes Bernáth... Benjamin
Anna Cachia... Protester
Brenda Camilleri... Protester
Máté Endrédi... Young Guard
Béla Fesztbaum... Dr. Kastner
Péter Geltz... Old Guard
István Göz... German Interpreter
Stephen Greif... Hans Lipman
Andrew Hefler... Young doctor
Shy Heller... Night Old Guard
Bernadett Kis... Sarah
Péter Laczó... Dieter Eichmann
Gábor Matejka... Mafia Driver
János Mercs... French Speaking Officer
Gyula Mesterházy... Nazi Official
Samuel Montague... Delivery Boy
Attila Müller... Chauffeaur
Viktor Noé... SS Officer
Tilly O'Neil... Child Hanna Less - Anvers daughter
Richard Rifkin... Elderly Man
Abdul Sattar Rehani... Husseini
Kerstin Sekimoto... Eichmann's secretary
Oliver Simor... Telephone Operator
Tereza Srbova... Baroness Ingrid von Ihama
Ádám Vadas... Horst
Judit Viktor... Ann Marie
Krisztián Vörös... Klaus Eichmann
Delaine Yates... Miriam Frolich
Scott Alexander Young... Dr. Robert Servatius

Dados do Titulo:
Título Original: Eichmann
Título Traduzido: A Solução Final
Gênero: Drama | Historia | Guerra
Duração: 96 Minutos
Ano de Lançamento: 2008
Direção:Robert Young

domingo, 14 de junho de 2009

A cidade dos buracos

Viva o Centenário da Independência!

No traço refinado de J. Carlos, as agruras dos chauffers cariocas às vésperas do Centenário da Independência, em 1922.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados


As comemorações dos Dias dos Namorados possuem várias explicações possíveis, baseada na tradição cristã, romana e pagã. A Igreja Católica reconhece três santos com o nome de Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no Século III, em Roma, onde os casais celebram seu dia, em 14 de fevereiro.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II, que queria constituir um exército romano grande e forte, mas não conseguiu atrair muitos soldados, porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias e partirem para a guerra. Assim, o imperador proibiu os casamentos entre jovens e Valentim, revoltado, resolve realizar casamentos secretos. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.
Já na Roma Antiga, a data era celebrada em 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) no festival Os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua namorada durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com o tempo, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França - e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.
No Japão existem dois dias dos namorados. O primeiro é 14 de fevereiro, quando as mulheres dão presentes e chocolates para amigos, namorados e afins. E no dia 14 de março é a vez dos homens retribuírem o presente.
No Brasil comemoramos o Valentine's Day como Dia dos Namorados, em 12 de junho.
Feliz Dia dos Namorados para todos os apaixonados do mundo todo e aproveitem e façam à diferença

domingo, 7 de junho de 2009

Chama que não se apaga



“Acende a fogueira, João nasceu!” Parece canto de festa junina, mas foi uma ordem dada por Isabel assim que deu à luz, naquele 24 de junho. Conta a tradição popular que o fogo foi a forma de comunicar o parto à sua prima, Maria, que estava em outro ponto do vale. Maria também estava grávida: seis meses depois, era a vez de Jesus vir ao mundo.

Além dos laços familiares, João tinha outras coisas em comum com o profeta que daria origem ao cristianismo. Como Maria, Isabel também engravidou contra todas as probabilidades. Não era virgem, mas dizia-se que estava estéril e tinha idade avançada quando concebeu o último filho. Ele se tornou um pregador e ficou conhecido por batizar os gentios nas águas do Rio Jordão. Mas quando o apontavam como o esperado Messias dos judeus, ele anunciava: “Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das sandálias; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Referia-se ao primo.

Para ganhar de vez o apelido de “Batista”, realizou um feito capaz de fazer inveja a qualquer outro santo: abençoou o próprio Jesus, testemunhando em seguida a descida do Espírito Santo em forma de pomba – era o início da meteórica missão do “filho de Deus”.

As qualidades de João Batista lhe garantiram lugar de honra entre os santos católicos. Equiparando-se a Jesus, ele é o único do qual se comemora o dia do nascimento, e não o da morte. A diferença de seis meses entre eles inspirou uma clara demarcação no calendário cristão: se dividirmos o ano ao meio, metade é para Jesus (de junho a dezembro) e a outra metade para São João (de dezembro a junho). (...)

Autora: Luciana Chianca

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Nelson Rodrigues


“Assim como há uma Rua Voluntários da Pátria, podia haver uma outra que se chamasse, inversamente, Rua Traidores da Pátria”.
Nelson Rodrigues,
(1912-1980), escritor, jornalista e dramaturgo.

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico(desde menino)".

Nascido na capital pernambucana e quinto de quatorze irmãos, Nélson Rodrigues mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, onde viveria por toda sua vida. Seu pai, o ex-deputado federal e jornalista Mário Rodrigues, perseguido politicamente, resolveu estabelecer-se na então capital federal em julho de 1916, empregando-se no jornal Correio da Manhã, de propriedade de Edmundo Bittencourt.
Segundo o próprio Nélson em suas Memórias, seu grande laboratório e inspiração foi a infância vivida na Zona Norte da cidade. Dos anos passados numa casa simples na rua Alegre, 135 (atual rua Almirante João Cândido Brasil), no bairro de Aldeia Campista, saíram para suas crônicas e peças teatrais as situações provocadas pela moral vigente na classe média dos primeiros anos do século XX e suas tensões morais e materiais.
Nélson faleceu numa manhã de domingo, em 1980, aos 68 anos de idade, de complicações cardíacas e respiratórias. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo. No fim da tarde daquele mesmo dia ele faria treze pontos na Loteria Esportiva, num "bolão" com seu irmão Augusto e alguns amigos de "O Globo". Dois meses depois, Elza atendia ao pedido do marido — de, ainda em vida, gravar o seu nome ao lado do dele na lápide de seu túmulo, sob a inscrição: "Unidos para além da vida e da morte. E é só".

Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9lson_Rodrigues

Ícone da luta pela independência, Cachoeira (BA)

Adriano Belisário

Outrora gloriosa, Cachoeira (BA) está recuperando os ares de prosperidade. Segunda maior cidade do estado por mais de trezentos anos, o município é desenhado por uma arquitetura barroca que ecoou os primeiros gritos de independência do Brasil. A relevância histórica do local, que lhe valeu o título de "heróica", não impediu o descaso com seu patrimônio ao longo do século passado. Mas, agora, reformas recentes e a criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) injetam novo fôlego na região. No dia 25 de maio, esta instituição inaugurou o campus Quarteirão Leite Alves, que concentrará os cursos de letras e ciências humanas.

Oficialmente criada em julho de 2005, a UFRB contou com grande apoio do Monumenta. Charutaria no século XIX, o prédio do Quarteirão foi reformado por este projeto do Iphan/Ministério da Cultura. Cachoeira está entre as cidades que mais receberam recursos do programa, que lá investiu cerca de R$ 36 milhões. O edifício do Quarteirão localiza-se próximo à ponte D. Pedro II, cujos ferros cruzam o Rio Paraguaçu levando gente e trem à cidade de São Félix.

Durante a inauguração, a eleição de 2010 já parecia próxima por conta das faixas do PT e partidos aliados, que estavam espalhadas pelos arredores do Quarteirão, e o coro “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” entoado pela população local, que compareceu em peso à solenidade. O contraponto ficou por conta de alguns manifestantes que empunhavam cartazes pedindo mais laboratórios e professores.

"É importante reclamar. Mas agradeço a Deus ter uma boca e duas orelhas. Aqui tem pessoas muito mais letradas que eu, mas pesquisem se teve algum governo que fez 50% do que eu fiz para a educação", rebateu Lula. O presidente ainda improvisou: - Tem gente que não dá valor para restauração de prédios, assim como tem filho que não dá valor para um prato de comida. Diz que está ruim, mas não sabe o trabalho que a mãe teve para colocar aquilo lá.

A Universidade do Recôncavo foi proposta em 2002 pelo reitor da Federal da Bahia, o médico Naomar Monteiro. A instituição já possuia um campus no interior do estado: a Escola de Agronomia na cidade de Cruz das Almas. Após quatro anos, a UFRB iniciou suas atividades, com as aulas em Cachoeira sendo ministradas no anexo de uma escola estadual de Cachoeira e no edifício da Fundação Hansen Bahia, imóvel também recuperado pelo Iphan.

Na restauração do Quarteirão, só foram aproveitadas a fachada e poucas paredes internas do prédio. “Em 2003, Cachoeira era o maior centro histórico em pior estado de conservação do país”, lembrou Luiz Fernando. Algo distante do cenário onde figura o campus recém-inaugurado, que tem capacidade para abrigar 600 alunos dos três mil inscritos na Universidade do Recôncavo. Já em junho, o prédio será utilizado pela parte administrativa da instituição. As aulas serão transferidas para lá no segundo semestre deste ano.

Mas nem tudo está resolvido. “Apesar de termos muitos projetos sobre região, ainda são poucos os alunos de Cachoeira e São Félix na Universidade. Deveria ter uma intervenção maior nas escolas da região”, pondera Fábio Joly, professor da UFRB. Ministro da Educação, Fernando Haddad disse na entrega dos prédios que o governo anunciará em breve investimentos no setor de extensão daquela instituição.

Coordenado pelo historiador Antonio Liberac, o curso de História da Universidade do Recôncaco, ao qual Fábio também pertence, possui 13 docentes. Oriundos das mais diversas regiões do Brasil, eles estão, de fato, vinculados ao Centro de Artes, Humanidades e Letras, uma vez que lecionam também em outras graduações oferecidas pela Universidade, como Museologia e Ciências Sociais.

Segundo Joly, um entrave para as pesquisas é a restrição de acesso ao público do arquivo de Cachoeira, que encontra-se fechado. Porém, a demanda de consultas que será gerada pelas atividades do curso de História pode pressionar os responsáveis pelo acervo a mudarem esta situação. Reitor da UFRB, Paulo Gabriel diz que, do mesmo modo, o fluxo de pesquisadores criará uma circulação de ideias e atividades favoráveis à revitalização da cidade. A expectativa é que voltem os tempos heróicos do imortal vapor de Cachoeira e o local novamente torne-se um pólo de manifestações culturais.