terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Pré-HIstória brasileira

Os fósseis do 'Grande Caçador' encontrados no Mato Grosso estão expostos no Museu Nacional da UFRJ, junto com uma réplica em escala e ilustrações de como seria o dinossauro.
Você sabia que as terras do Brasil já foram habitadas por preguiças de 6 metros, tatus do tamanho de carros, os tigres de dentes-de-sabre e os mastodontes?

Trabalhadores de uma fazendo em Mato Grosso encontraram fósseis (detalhe: isto ocorreu há 50 anos atrás) do Pycnonemosaurus nevesi, apelidado de 'Grande Caçador'., e o pesquisador brasileiroLlewellyn Ivor Price encaminhou ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Os fósseis ficaram guardados lá até 2000, quando os paleontólogos Alexander Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Diógenes de Almeida, do próprio DNPM, começaram a estudá-los.
A equipe de cientistas desconfia que os animais dessa espécie viviam em grupos e se uniam para derrubar grandes presas (como os dinossauros herbívoros de grande porte), embora brigassem entre si pela conquista de territórios e fêmeas. "Podemos deduzir isso por meio de comparações dos fósseis com os animais de hoje em dia", explica Kellner, que participou da descrição e da classificação da nova espécie.
Pelo estudo das camadas do solo onde os fósseis foram encontrados, os paleontólogos concluíram ainda que o 'Grande Caçador' viveu entre 70 e 80 milhões de anos atrás, pouco antes da extinção completa dos dinossauros.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O diário de Ann Frank


Eruditos e historiadores comemoraram nos Países Baixos o 60º aniversário da publicação original de "O diário de Ann Frank", a menina judia que descreveu a sua vida quotidiana oculta dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial num documento considerado chave dessa época.
Por outro lado, os parentes suíços da família Frank entregaram os seus arquivos privados à Fundação Ann Frank na casa do canal de Prinsengracht, nos Países Baixos, onde esteve escondida a menina. Desta forma, começou a fusão dos arquivos da família suíça Frank-Elias com os da Fundação Ann Frank (AFS) com sede na capital neerlandesa.
Os arquivos familiares são propriedade do Fundo Ann Frank, criado em 1966 pelo pai da menor, Otto Frank. A Fundação Ann Frank também administra o museu em Prinsengracht. Nos últimos dois anos, este arquivo único foi inventariado pela primeira vez. Contém cartas, documentos e fotos de Otto, Edith, Margot e Ann Frank, muitas das quais nunca foram publicadas até agora.
"O anexo secreto", posteriormente conhecido como "O diário de Ann Frank" vendeu dezenas de milhões de cópias desde a sua publicação e foi traduzido para quase 100 línguas e foi escrito entre Junho de 1942 e Agosto de 1944.


Fonte: Notícia em o Canal de HIstória

sábado, 26 de janeiro de 2008

Nova visão de história


Lendo sobre definição de História, percebemos que a história é sempre escrita de um certo ponto de vista, ou seja, do ponto de vista do historiador, por exemplo, do europeu colonizador, claro, ele vai escrever sobre o ponto de vista do colonizador e não do colonizado, por isso na nossa história sabemos, apenas, um lado da história, o lado do colonizador, por tanto, não existe história única: há uma diversidade de história e de sujeitos sociais, cada um com seus interesses, medos e esperanças particulares, cada um transmitindo uma imagem diferente do passado, conforme sua época e o seu lugar.
Assim, a história é uma tentativa de explicar a realidade mediante testemunhas ou registros reais, a memória é formada pelo estudo de testemunhos sobre o passado de uma sociedade ou de grupos que dela fazem ou faziam parte. os imigrantes são exemplo dessa nova perspectiva de estudo. Até o início do século XX, a história estava centrada na vida das grandes personalidade do passado, como reis, generais e heróis, não perdemos o interesse em estudar essas personalidades, mas encontramos fontes de estudo na história dos indígenas, negros, jovens, homossexuais e de outros sujeitos sociais, que até então eram desprezados por historiadores.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Revolução Neolítica


Na pré-história, em torno de 12000 A.C., começaram a surgir as primeiras formas de agricultura (domesticação de espécies de vegetais) e pecuária (domesticação de animais), junto com a formação das primeiras aldeias agrícolas. Nesse período, o uso do fogo e de algumas ferramentas, assim como do esterco animal, passaram a fazer parte do cotidiano dos aglomerados urbanos, os quais deram origem às cidades.
Entre as construções mais antigas que sobreviveram até hoje estão os silos de Faium, no Egito, e Jericó, na Cisjordânia, comprovando uma mudança na organização econômica e na mentalidade dos grupos neolíticos.
A produção de um excedente agrícola, somada à atividade criadora (que, no fundo, representa a produção de um excedente de carne), servirá para atender às necessidades da comunidade em períodos mais duros, propiciando o crescimento da população e o surgimento posterior de um comércio incipiente. Mas isto só virá depois. De início a comunidade é auto-suficiente, uma vez que coleta ou produz todo o alimento de que necessita, utiliza matérias-primas da região para os equipamentos necessários (madeira e palha, argila e pedra, ossos e chifres) e fabrica suas próprias ferramentas e utensílios.

Para saber mais sobre este período: http://www.culturabrasil.org/revolucaoneolitica.htm

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Simone de Beauvoir


Simone de Beauvoir, nascida em 9 de janeiro de 1908 em Paris, filha de uma família burguesa decadente, aluna brilhante, estudou filosofia na Faculdade de Letras de Paris, onde, além de Sartre, entrou em contato com toda uma geração de intelectuais. Aos 21 anos, Simone de Beauvoir era a mais jovem professora de seu tempo. Lecionou filosofia e publicou seu primeiro romance, A convidada (L'invitée), em 1943, aos 35 anos. Em 1949 publica O Segundo Sexo, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. Os Mandarins é de 1954; nesse mesmo ano, Beauvoir ganha o prêmio Goncourt. Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960; foram também a Cuba, recebidos por Fidel Castro e Che Guevara. Sempre tiveram marcada atuação política, manifestando-se contra o governo francês por suas intervenções na Indochina e na Argélia; contra a perseguição dos judeus durante a Segunda Guerra; contra a invasão americana do Vietnã e em muitas outras ocasiões. Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986. Entre seus muitos livros, vale ressaltar O Sangue dos Outros (1945), Uma Morte Muito Suave (1964) e A Cerimônia do Adeus (memórias da vida com Sartre, 1981).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Agradecimento 2


Eu não tenho palavras para agradecer a minha amiga Adrina do blog Espirita na Net,que me passou estes selos lindos, para este nosso blog, não sei o que dizer e não me sinto merecedora, já disse isso várias vezes para a própria Dri, que me encheu de mimos lá no Irmãos Fraternos. Dri, obrigada de coração, beijos e você sabe que repassaria pra todos que vc já repassou, por isso vou guardar todos os selos com carinho

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Ramsés II


Faraó do Egito (1194-1163 a. C.) da vigésima dinastia, nascido Usermaetré Meriamon em Tebas, famoso por suas grande vitórias marítimas e contra os povos da Ásia Menor e por estar ligado, segundo a bíblia, à opressão e êxodo dos hebreus. Na história aparece como um dos grandes conquistadores, juntamente com Tutmés I e III, da XVIII dinastia, e Ramsés II (XIX dinastia).
Ramsés foi um dos maiores faraós que o Egito já teve. Governou por 70 anos, talvez nenhum faraó tenha governado tanto. Foi um grande construtor e um grande lutador. Ficou famoso por causa da grande batalha de Kadesh.
O soberano egípcio queria tomar posse de terra que pertencia aos Hititas, chamada Kadesh, pela qual passavam as rotas mercantis para o Oriente. Para isso, liderou um exército enorme visando conquistá-la. Essa região na Síria, desde do faraó monoteísta Akhenaton, sofria com as tomadas de posse dos hititas e as retomadas dos egípcios.
Ramsés, ao completar 10 anos de idade, foi nomeado como comandante-chefe dos exércitos do seu pai, Set I, e aos 14 anos o jovem príncipe recebeu permissão para participar ao lado do faraó Set de combates na Líbia. Os dois conseguiram tomar a cidade hitita de Kadesh por um breve período, mas os inimigos a recuperaram logo que retornaram ao Egito. Antes da morte do seu pai, Ramsés, o novo faraó, jurou retomar Kadesh.
Das grandes construções que realizou, são conhecidos seis templos na Núbia, dois deles escavados na rocha, em Abu Simbel, com quatro estátuas colossais do rei. A leste do delta do Nilo, fundou a cidade de Pi-Ramesse ou casa de Ramsés, famosa por sua beleza e localizada de forma a facilitar as campanhas na Ásia. Em Tebas, concluiu o templo funerário de seu pai e construiu outro para si mesmo, atualmente conhecido como Ramesseum.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Colônia em Movimento: Fortuna e Família no Cotidiano Colonial


Com base em fontes paroquiais e cartorárias, o Brasil escravista do século XVIII é reconstruído em seus variados aspectos sociais, desde as formas de propriedade e transmissão de riquezas, até os modos de viver e morrer, incluindo um capítulo sobre a vida cotidiana nas casas senhoriais.
Na Introdução (págs. 21-25), Sheila de Castro Faria anuncia seu objetivo: “Tento compreender, sob a ótica da história da família, a dinâmica de áreas em implantação e expansão de atividades econômicas rurais, entendendo que esta é uma situação encontrada em praticamente todas as épocas da história do Brasil, estendendo-se até mesmo aos dias atuais” (pág. 27). Resgata, ainda, a história da área a ser estudada, Campos dos Goitacazes, que, a partir da década de 1750, passou a atrair homens das mais diversas origens e riqueza.
A Colônia em Movimento, escrito dentro dos quadros de uma historiografia renovada, convida o leitor a abandonar alguns modelos explicativos do período colonial. Já no início do século 18, a economia brasileira era dominada pelo capital mercantil residente. Desvela, também, o ideal aristocratizante presente tanto na esfera pública quanto privada, que levava comerciantes a abandonar atividades lucrativas para se tornar senhores de terras e de homens. Apresenta, ainda, a diversidade e multiplicidade de situações vividas por escravos, homens livres, senhores e pelo grosso da população.O texto claro, rigorosamente organizado e acompanhado de uma vasta documentação, constitui um modelo que pode auxiliar estudantes que estão elaborando suas teses de mestrado ou doutorado. Os especialistas saberão avaliar a refinada contribuição que o livro dá à historiografia brasileira.

A bomba H na Espanha


No 17 de Janeiro de 1966, os habitantes de Palomares, a vila costeira da província de Almería, ficaram aterrorizados quando dois aviões da força aérea norte-americana chocaram no céu. O acidente do bombardeiro B-52 e o avião cisterna KC-135 terminou com as vidas dos oito tripulantes e deixou cair três bombas de hidrogénio de 70 quilotoneladas sobre a terra e outra no mar. Mil soldados e peritos foram enviados de urgência à zona para limpar os destroços do acidente sobre Palomares. Nenhuma das bombas estava armada, mas o material explosivo de duas delas explodiu com o impacto, formando crateras e derramando plutónio radioactivo sobre os campos. Uma terceira bomba aterrou no leito seco do rio Almanzora e foi recuperada relativamente intacta. A quarta caiu no mar, em local desconhecido. Após uma extensa pesquisa, foi recuperada. Os Estados Unidos aceitaram e processaram 500 queixas de vizinhos de Palomares, cuja saúde foi afetada após o acidente.


Fonte: Canal da História

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Puská

Herbert Binkert e Ferenc Puskás.

O futebol perdeu, em 17 de novembro de 2006, um dos maiores jogadores de sua história: o húngaro Ferenc Puskás, aos 79 anos de idade.
Ferenc Puskás Biro, melhor canhoto da história do futebol e artilheiro do século XX, foi uma das principais peças no Real Madrid do final da década de 50 e início dos anos 60.Com 85 participações pela seleção húngara, sua melhor fase foi com a camisa do clube espanhol, marcando 159 gols em 179 partidas.Durante a "era Puskás", o Real Madrid venceu seis edições do Campeonato Espanhol e duas Taças da Europa - hoje Liga dos Campeões.O ex-jogador é lembrado por sua bela atuação na final da competição européia de 1960, vencida pelo Real Madrid sobre o Eintracht Frankfurt por 7 a 3, com quatro gols marcados por ele. Através de um comunicado, o Real Madrid manifestou sua "profunda dor" pela morte de Puskás. "Sentimos uma profunda tristeza pelo desaparecimento de uma de suas maiores lendas", destacou o clube através de seu site.
Encerrou a carreira como jogador por volta dos quarenta anos de idade. Acabou tornando-se um treinador de relativo sucesso, uma de suas melhores performances foi quando levou o Panathinaikos, da Grécia, à final da Taça dos Campeões Europeus. Encerrou a sua carreira de técnico no começo da década de 90.
Desde 2000, Puskas sofria do mal de Alzheimer, doença degenerativa que atinge o cérebro e causa perda progressiva da memória. O ídolo morreu em Budapeste .

Confira

Grandes Nomes da História Intelectual
MARCOS ANTONIO LOPES


É bem provável que este livro provoque alguma estranheza. Nos dias que correm, fala-se com enorme timidez em História Intelectual, e na maior parte das vezes para referir-se a um setor específico deste vasto campo que conheceu diversas tendências e trilhou caminhos diferenciados ao longo do século XX. É desconcertante o número de orientações teóricas surgidas no interior deste domínio. Diante de diferentes (e de divergentes) maneiras de conceber um objeto comum, esta rica coletânea demonstra a complexidade conceitual deste campo e a sua exuberância temática. O conjunto de textos aqui reunidos, resultado da atividade intelectual de pesquisadores em diferentes níveis de formação acadêmica e de experiência profissional, não tem como alvo traçar um estado da arte da História Intelectual. A intenção é ressaltar as suas especificidades atuais, sobretudo quando analisada comparativamente a modalidades mais tradicionais da pesquisa histórica.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Mistério da pirâmide


Peritos internacionais que supervisionam a restauração das pirâmides do Egito acabam com anos de frustração, ao abandonar finalmente as técnicas de construção modernas a favor dos métodos empregues pelos antigos egípcios. Situadas em Gizé, nos arredores do Cairo, as pirâmides, algumas das construções mais antigas realizadas pelo homem, mostravam graves sinais de decadência nos princípios dos anos 80. Deu-se início a um projecto de restauração e preservação conjunto, que posteriormente demonstrou ser destrutivo quando a água, misturada no cimento moderno, fez com que as pedras calcárias se partissem. A 12 de Janeiro de 1984, os restauradores abandonaram o método e adoptaram o sistema praticado pelos construtores originais de travar blocos. Desde então, o projecto desenvolveu-se sem qualquer problema. Os esforços de preservação e conservação continuam actualmente e as câmaras internas da Grande Pirâmide de Kefrén foram reabertas recentemente após um extenso trabalho de restauro.
Fonte: Canal da História

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

O Tropeirismo


A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadoria no Brasil colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais, posteriormente São Paulo e Rio de Janeiro, porém há quem use o termo em momentos anteriores davida colonial, como no "ciclo do açúcar" entre os séculos XVI e XVII, quando várias regiões do interior nordestino se dedicaram a criação de animais para comercialização com os senhores de engenho.

Nos Séculos XVII e XVIII, os tropeiros eram partes da vida da zona rural e cidades pequenas dentro do sul do Brasil. Vestidos como gaúchos com chapéus, ponchos, e botas, os tropeiros dirigiram rebanhos de gado e levaram bens por esta região para São Paulo, comercializados na feira de Sorocaba. De São Paulo, os animais e mercadorias foram para os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.Em direção às minas, o transporte feito no lombo de animais foi fundamental devido aos acidentes geográficos da região, que dificultavam o transporte. Já para as regiões de Goiás e Mato Grosso, a maioria dos produtos eram transportados através dos rios, nas chamadas monções.É difícil definir os homens que se dedicavam a esta atividade. Muitos homens de origem paulista, vicentina, ou seus descendentes, se tornaram tropeiros, assim como muitos homens de origem portuguesa.O fato de a Capitania de São Vicente ter prosperado de forma limitada, obrigou muitos de seus habitantes a subirem a serra e a se fixarem no planalto. Assim surgiu a vila de São Paulo, formada por uma camada pobre, que abandonara o litoral. A economia precária baseada numa agricultura de subsistência determinou a necessidade de atividades complementares, originando o bandeirismo, porém nem todo homem paulista tornou-se bandeirante. Muitos que inicialmente se dedicaram ao apresamento indígena, se fixaram em terras no sul e, com o passar do tempo, foram se integrando ao pequeno comércio, praticado no lombo de mulas.Contando com uma população composta por homens de origem vicentina e portuguesa, a vila de Laguna era o ponto extremo do litoral brasileiro e dela partiram muitas famílias para outras áreas do interior do sul, também preocupadas com o apresamento indígena num primeiro momento, e que tomaram contato com a criação de gado, praticada nas missões jesuíticas.A própria história do Rio Grande do Sul deu origem a elementos que se dedicariam ao tropeirismo. A necessidade de povoar a região, segundo interesses dos portugueses, fez com que o governo real facilitasse o acesso à terra e garantisse um elevado grau de liberdade e autonomia para a região, fato que, teve como uma de suas conseqüências o predomínio da grande propriedade no século 17, que beneficiava poucas famílias e marginalizava grande parte do sociedade que ali se formava.O tropeiro iniciava-se na profissão por volta dos 10 anos, acompanhando o pai, que era o negociante (compra e venda de animais) o condutor da tropa. Usava chapelão de feltro cinza ou marrom, de abas viradas, camisa de cor similar ao chapéu de pano forte, manta ou beata com uma abertura no centro, jogada sobre o ombro, botas de couro flexível que chegavam até o meio da coxa para proteger-se nos terrenos alagados e matas.No Rio Grande, a cidade de Viamão tornou-se um dos principais centros de comércio e formação de tropas que tinham como destino os mercados de São Paulo. Porém de outas regiões do sul partiam as tropas, quase sempre com o mesmo destino. Nesses trajetos, os tropeiros procuravam seguir o curso dos rios ou atravessar as áreas mais abertas, os "campos gerais" e mesmo conhecendo os caminhos mais seguros, o trajeto envolvia várias semanas. Ao final de cada dia era acesso o fogo, para depois construir uma tenda com os couros que serviam para cobrir a carga dos animais, reservando alguns para colocar no chão, onde dormiam envoltos em seu manto. Chamava-se "encosto" o pouso em pasto aberto e "rancho" quando já havia um abrigo construído. Ao longo do tempo os principais pousos se transformaram em povoações e vilas. É interessante notar que dezenas de cidades do interior na região sul do Brasil e mesmo em São Paulo, atribuem sua origem a atividade dos tropeiros.

Autor: Professor Claudio Barbosa Recco

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

As desbravadoras paulistas

(...) As mulheres do período bandeirista - séculos XVI e XVII - foram vistas como figurantes da história. Enquanto os maridos e filhos cuidavam dos negócios comerciais ou seguiam, sertões adentro, à caça de indígenas e à procura de ouro nas bandeiras, elas simplesmente cuidavam das coisas do lar. Aos homens coube alargar as fronteiras da América Portuguesa, percorrendo territórios que, pelo Tratado de Tordesilhas, pertenceriam à Coroa da Espanha e que, mais tarde, passaram à Coroa lusa. Eles destruíram, ainda, as missões jesuíticas em territórios que hoje compõem o Rio Grande do Sul e Paraguai, na sua sede de escravos indígenas e riquezas. A elas, restou a tarefa de multiplicar a prole dos bandeirantes. Tudo parecia encaixar-se claramente. Homens e mulheres teriam vivido em universos totalmente separados, com papéis sociais opostos.
Nos primeiros anos da colonização da vila de São Paulo ainda não havia mulheres brancas. Todas as uniões ocorriam entre portugueses, espanhóis ou outros europeus e as cunhãs indígenas. Os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, muito incomodados, relataram em suas cartas que esses laços prescindiam do sacramento da Igreja Católica, além de muitos serem temporários e poligâmicos. Houve grande esforço dos padres no intuito de regrar a vida dessa população. Impuseram, portanto, o batismo, a catequese e o uso de roupas para os índios, além do sacramento do matrimônio monogâmico e indissolúvel às famílias.
A vida dessas mulheres é pouco documentada, pois, além de não terem propriedades, elas se tornavam a propriedade de alguém. Como tendência geral, os colonos não devolviam os indígenas "alugados" aos jesuítas, tornando-os escravos de fato, embora na documentação apareçam propositadamente declarados como "forros" ou "administrados". Todas essas índias viviam o dia-a-dia de trabalhos pesados da família de seus proprietários, com quem se envolviam como concubinas. Mais tarde, teriam a seu lado, nas lides da escravidão, africanas que começaram a ser introduzidas na região paulista no correr do século XVII, quando houve condições econômicas de começar a comprar "negros de verdade", enquanto algumas "negras da terra", escravas ainda, seguiam os bandeirantes para o sertão.

(...)

Embora careça de mais estudos, o papel das mulheres no período das bandeiras paulistas era multifacetado e surpreendente. A chave para compreendê-lo melhor reside no fato de que seus pesquisadores trabalham com três níveis. O primeiro é o da vida que as mulheres levaram. O segundo é o das expectativas a que foram submetidas - de serem dóceis, submissas, honradas, fiéis, laboriosas, boas esposas e mães, engenhosas para administrar suas propriedades na ausência do marido - e que nem sempre atenderam. O terceiro, por fim, é o da idealização a que vários historiadores submeteram essas personagens históricas. Resgatar a valentia e a determinação que existiram ao lado da docilidade e obe-diência, concede a elas a garantia de sua presença na história paulista.

Por Madalena Marques Dias

Para saber mais: http://www.brasilcultura.com.br/conteudo.php?id=1544


Festival no Recife - 2008


Até 31 de janeiro, cineastas de todo o país poderão se inscrever para o Cine-PE – Festival do Audiovisual, realizado entre 28 de abril e 4 de maio, no Recife. A organização do evento receberá filmes e vídeos de curta e longa-metragem (digital e 35mm), finalizados a partir de maio de 2007. Em curta-metragem em 35mm, os projetos deverão ser inscritos nas categorias de ficção, animação e documentário. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site www.cine-pe.com.br. Em 2008, o festival completará 12 anos de existência. Além das mostras competitivas, o Cine-PE oferecerá atividades como oficinas técnicas, seminários, lançamentos de livros, exposições, mostra infantil de cinema brasileiro, mostra em bairros populares e mostra de cinema latino. Mais informações no site do festival, pelos telefones (81) 3461-3773, (81) 3343-5066
e pelo e-mail festival@bpe.com.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A arte da Pré-História brasileira


O Brasil possui valiosos sítios arqueológicos em seu território, embora nem sempre tenha sabido preservá‑los. Em Minas Gerais, por exemplo, na região que abrange os municípios de Lagoa Santa, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Matosinhos e Prudente de Moraes, existiram grutas que traziam, em suas pedras, sinais de uma cultura pré‑histórica no Brasil. Algumas dessas grutas, como a chamada Lapa Vermelha, foram destruídas por fábricas de cimento que se abasteceram do calcário existente em suas entranhas. Além dessas cavernas já destruídas, muitas outras encontram‑se seriamente ameaçadas.
Das grutas da região, a única protegida por tombamento do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é a gruta chamada Cerca Grande. Ela é considerada importante monumento arqueológico por causa de suas pinturas rupestres e de fósseis descobertos em seu interior, indicadores de antigas culturas existentes em nosso país.
Em 1978, uma missão franco‑brasileira coletou uma grande quantidade de dados e vestígios arqueológicos. Esses cientistas chegaram conclusões esclarecedoras a respeito de grupos humanos que habitaram a região por volta do ano 6 000 a.C., ou talvez numa época mais remata ainda. Segundo as pesquisas, os primeiros habitantes da área de São Raimundo Nonato ‑ provavelmente caçadores‑coletores, nômades e seminômades ‑ utilizavam as grutas da região como abrigos ocasionais. A hipótese mais aceita, portanto, é a de que esses homens foram os autores das obras pintadas e gravadas nas grutas da região.
Na Bahia, mais especificamente no município de Seabra, encontram-se algumas cavernas como a Santa Marta e Buraco do Cão onde se pode ver pinturas rupestres feitas por homens primitivos que viveram há no mínimo 11 mil anos atrás.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Túmulo de Herodes



A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou a primeira grande descoberta arqueológica deste século: o túmulo de Herodes, que governou a Judeia sob ocupação romana e assinalado no Novo Testamento como o responsável pela Massacre dos Inocentes. O professor israelita Ehud Netzer, responsável pela equipa de arqueólogos envolvida nestas escavações, assinalou, contudo, que não havia ossos dentro do sarcófago. O achado arqueológico teve lugar na região conhecida como Herodium, não muito distante de Jerusalém. O túmulo de Herodes era há muitos anos um dos tesouros arqueológicos mais disputados na região. Após mais de 30 anos de investigações, a equipa de Ehud Netzer encontrou finalmente a estrutura fúnebre no topo de um monte entre dois palácios.Em declarações públicas, Ehud Netzer, que tem assinalado escavações regulares na região desde 1972, confirmou a extrema felicidade que sentiu no momento do achado. "Todos sentem um grande interesse pela Terra Prometida e o túmulo de Herodes faz parte dessa história", afirmou à BBC. A descoberta partiu da localização de uma antiga escada construída para a procissão fúnebre do rei, detalhadamente descrita há cerca de dois mil anos por um historiador romano. Finalmente localizada, a escada conduziu rapidamente a equipa de arqueólogos à descoberta. No local foi encontrado um sarcófago em calcário, completamente destruído. Nas suas medidas originais, o sarcófago teria cerca de dois metros e meio de comprimento. O estudo detalhado do achado revelou a ausência de ossos, pensando o professor Netzer que os restos mortais de Herodes terão sido retirados do túmulo, algures entre os anos 66 e 72 d.C, por rebeldes judeus que lutavam contra a ocupação romana. Uma das razões pelas quais a descoberta do túmulo de Herodes esteve tanto tempo fora do alcance dos arqueólogos deve-se a uma suposição de que a sua localização estivesse, algures, num outro complexo palaciano construído a meio do deserto. O achado revelou, afinal, outro destino final para o rei.
Fonte: Diário de notícias

Os aliados retiram-se de Gallipoli


As forças aliadas da Primeira Guerra Mundial são levadas a uma retirada maciça das costas da península de Gallipoli, na Turquia, terminando com a catastrófica invasão do Império Otomano. A península de Gallipoli, que guarda a entrada ao mar de Mármara, transformou-se no cenário de um massacre quando os Aliados atacaram as praças turcas, em Fevereiro de 1915. Os couraçados franceses e britânicos mostraram a sua hegemonia sobre a artilharia de terra turca, mas as minas navais dizimaram a frota Aliada, forçando uma batalha terrestre que ao longo de quase um ano provocou 250.000 vítimas aliadas. Aproximadamente, um número semelhante de soldados turcos foram feridos ou mortos. A 8 de Janeiro de 1916, após 11 meses de avanços sangrentos e ineficazes, as forças aliadas retiraram-se.

Fonte: Canal da História

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Doação


Oi pessoal, quero pedi aos amigos blogueiros, que tem mais acessos em seus blogs do q o nosso, para repassar o link do blog http://vivendoaprendendoedoando.blogspot.com/ a Ione está necessitando que alguém adote esses cãezinhos com uma certa urgencias, sõa fofos, vão la conferir, beijosss

A Lenda da Mandioca


Uma outra lenda para o origem da mandioca e não menos interessante.

Em épocas remotas, a filha de um poderoso tuxaua foi expulsa de sua tribo e foi viver em uma velha cabana distante por ter engravidado misteriosamente. Parentes longínquos iam levar-lhe comida para seu sustento e assim a índia viveu até dar a luz a um lindo menino, muita branco o qual chamou de Mani.
A notícia do nascimento se espalhou por todas as aldeias e fez o grande chefe tuxaua esquecer as dores e rancores e cruzar os rios para ver sua filha. O novo avô se rendeu aos encantos da linda criança a qual se tornou muito amada por todos.
No entanto, ao completar três anos, Mani morreu de forma também misteriosa, sem nunca ter adoecido. A mãe ficou desolada e enterrou o filho perto da cabana onde vivia e sobre ele derramou seu pranto por horas. Mesmo com os olhos cansados e cheios de lágrimas ela viu brotar de lá uma planta que cresceu rápida e fresca. Todos vieram ver a planta miraculosa que mostrava raízes grossas e brancas em forma de chifre, e todos queriam prová-la em honra daquela criança que tanto amavam. Desde então a mandioca passou a ser um excelente alimento para os índios e se tornou um importante alimento em toda a região.

Mandioca

Muita gente desconhece o uso desta raiz, muitos a confudem com o aipim, mas são bem diferentes. A mandioca, a raiz da planta, venenosa quando crua, tornou-se a base alimentar de todos os povos que viviam nos territórios da vertente oriental dos Andes, sobretudo pela facilidade de conservação. A raiz da mandioca pode ser utilizada entre seis e dezoito meses após o plantio e sua farinha também dura muito tempo. Vários mitos explicavam o cultivo da mandioca. Um deles, originário da América Central, dizia que "Sumé" ou "Tumé", um homem branco e poderoso que andava sobre as águas e deixava rastros em pedras, certa vez partiu seu bastão e enterrou um pedaço, dando assim origem à planta – a mandioca não é semeada, e seu cultivo se faz enfiando na terra um pedaço de seu talo. Um outro mito, da tradição tupi, diz que a filha de um chefe engravidou virgem; nasceu uma menina, chamada Mani, que morreu após um ano; de seu túmulo surgiu um arbusto desconhecido e pouco depois a terra se abriu, exibindo as raízes da mandioca. O nome viria de Mani-oca, a casa de Mani. O principal produto da mandioca era a farinha seca, farinha de guerra, farinha de pau, uí-atã, para os tupis. Usado ainda hoje, o processo assemelha-se àquele referido pela tradição: a mandioca era descascada e ralada, com o auxílio de instrumentos feitos de espinhos, dentes de animais, cascas de ostras; a massa, ainda úmida, era espremida com auxílio do tipiti (um tipo de prensa de palha), extraindo-se desse modo todo o caldo, o venenoso ácido cianídrico. A massa seca era em seguida levada ao fogo, em grandes vasilhas rasas e redondas. Depois disso, ficava pronta a farinha. Outros produtos feitos a partir da mandioca eram a tapioca, o beiju, a manipueira etc.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Feliz 2008

Feliz 2008 para todos, estive afastada por causa das festas , mas retornando a atualizar o blog, obrigada a todos que me visitaram em 2007 , e você sabia que o ano-novo se consolidou na maioria dos países há 500 anos? Desde os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o calendário gregoriano, o réveillon mudou muitas vezes de data.
A primeira comemoração, chamada de "Festival de ano-novo" ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração.
No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico).
Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro.
Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano.
Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro.
A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - "A festa das trombetas" -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.
Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2008!!!!!! A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer...
- Fogos e barulho. No mundo inteiro o Ano Novo começa entre fogos de artifício, buzinadas, apitos e gritos de alegria. A tradição é muito antiga e, dizem, serve para espantar os maus espíritos. As pessoas reúnem-se para celebrar a festa com muitos abraços.- Roupa nova. Vestir uma peça de roupa que nunca tenha sido usada combina com o espírito de renovação do Ano Novo. O costume é universal e aparece em várias versões, como trocar os lençóis da cama e usar uma roupa de baixo nova.
As comemorações de Ano Novo variam de cultura a cultura, mas universalmente a entrada do ano é festejada mesmo em diferentes datas.
O nosso calendário é originário dos romanos com a contagem dos dias, meses e anos. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado em 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera.
As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1º de Abril. O Papa Gregório XIII instituiu o 1º de Janeiro como o primeiro dia do ano, mas alguns franceses resistiram à mudança e quiseram manter a tradição. Só que as pessoas passaram a pregar partidas e ridicularizar os conservadores, enviando presentes estranhos e convites para festas que não existiam. Assim, nasceu o Dia da Mentira, que é a falsa comemoração do Ano Novo.