Antes de poeta, um dos maiores Inconfidentes injustiçado que nossa História teve,Tiradentes não foi o único inconfiodente assassinado, a farsa de que Cláudio Manuel da Costa cometeu suícidio, perdurou por mais de dois séculos e acabou de ser desvendada. Em 1789, o advogado e poeta Cláudio Manuel foi encontrado morto na prisão. Seguindo a versão oficial, ele havia se suicidado. Cerca de 20 anos mais tarde, surgiu em Vila Rica( hoje Ouro Preto) alguém que afirmava ter sido um dos médicos que examinou o corpo e dizia que o laudo original de assassinato, havia sido mudado a pedido do governador, Visconde de Barbacena. O caso foi tratado como lenda por gerações de historiadores, até os nossos dias. Sérgio Amaral da Silva pesquisou por 25 anos o assunto e descobriu dados no livro do historiador Joaquim Furtado, apesar do livro não ser usado como dados históricos por não se tratar da Inconfidência a chave do mistério está lá e os historiadores de hoje acreditam que Cláudio não se matou e o provavel mandante foi o prórpio governador o visconde de Barbacena, cujo o envolvimento na Inconfidência é pouco conhecido, mas temia ser incriminado se Cláudio fosse ouvido pelo vice-rei no Rio de Janeiro. Sem provas mais um crime ficou impune, mas Cláudio agora pode ser visto como uma vítima da repressão à inconfidência e não mais como um covarde que por medo cometeu suícidio. Retratando-o historicamente ele passa a fazer a diferença na nossa história.
Soneto V - Claúdio Manuel da Costa
Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;
Nem por isso trocara o abrigo terno
Desta choça, em que vivo, coas enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno.
Adorar as traições, amar o engano,
Ouvir dos lastimosos o gemido,
Passar aflito o dia, o mês, e o ano;
Seja embora prazer; que a meu ouvido
Soa melhor a voz do desengano,
Que da torpe lisonja o infame ruído.
Soneto V - Claúdio Manuel da Costa
Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;
Nem por isso trocara o abrigo terno
Desta choça, em que vivo, coas enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno.
Adorar as traições, amar o engano,
Ouvir dos lastimosos o gemido,
Passar aflito o dia, o mês, e o ano;
Seja embora prazer; que a meu ouvido
Soa melhor a voz do desengano,
Que da torpe lisonja o infame ruído.
1 Comment:
Desconocia ese poeta, me quede curioso y voy pesquisar mas na net sobre el :)
gracias (K):)
Basjo
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