quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira


Em 1872,Dom Vital, era o bispo de Olinda, seu nome se perpetuou na História do Brasil, porque exigiu que as irmandades religiosas de sua diocese expulsassem os marçons de seus quadros. Mas os historiadores confirmam que agiu assim em obediência a determinações papais que, segundo o governo brasileiro, não eram válidas no Brasil. Vital Maria Gonçalves de Oliveira nasceu aos 27 de novembro de 1844 em Pedras de Fogo, povoação da Província de Pernambuco.Seu nome civil foi Antônio Júnior. Padre capuchinho com formação francesa torna-se, aos 28 anos de idade, o 20º bispo de Olinda. Frei Vital Maria de Pernambuco, seu nome de Ordem. Chega a Pernambuco no segundo meado do século XIX, período de grande agitação política e intelectual.
Quando D. Vital chegou ao Recife, já encontrou em atividade os jornais maçons que todos os dias procuravam atingi-lo com sarcasmos e injúrias. O bispo não respondia, é claro. A 27 de Julho começaram a provocá-lo. Primeiro anunciaram que iria haver uma missa em ação de graças numa loja. Diante da proibição sigilosa do bispo, nenhum padre ousou celebrá-la. Nessa época, a Maçonaria era proibida pelo Papa aos católicos. Todavia, no Brasil, a Maçonaria atuava normalmente e era seguida pela maioria das personalidades do Império e até havia prestado relevantes serviços no processo de independência do Brasil. O governo e depois o Barão de Penedo, acusaram D. Vital de ter perturbado o Brasil. Mesmo antes da chegada de D. Vital ao Recife, a imprensa procurou semear desconfiança contra o novo bispo, chamando-o de homem perigoso e frade de espírito inquisitorial.
No dia 14 de maio de 1873, a Igreja dos Jesuítas foi invadida e depredada, ferindo dezenas de fiéis que assistiam às cerimônias. Em 12 de abril do mesmo ano, D. Vital foi intimidado para suspender as proibições feitas, mas o bispo não recuou, continuando no cumprimento do seu dever. D. Pedro II se encolerizou com a resistência e convocou o Conselho de Estado. Dos 11 membros do Conselho, só o Visconde de Abaeté protestou contra as violências que estavam sendo praticadas contra os bispos.
Os bispos D. Vital e D. Macedo foram presos e condenados implacavelmente a quatro anos de prisão e trabalhos froçados, a mando do Imperador, que ainda enviou um emissário a Roma, o Barão de Penedo, com a finalidade de conseguir do Papa Pio IX uma condenação para os bispos.
Centenas de milhares de assinaturas de protesto chegaram às mãos do governo. O Imperador teve dificuldades de encontrar um chefe de gabinete capaz de superar a crise e teve de ir bater à porta do Duque de Caxias, que só aceitou o cargo com a condição de que os bispos fossem anistiados.Finalmente, através do DecretO 5.993, de 17 de setembro de 1875, foi decretada a anistia.Continuou seu trabalho restaurador, concluindo a obra interrompida em decorrência das questões religiosas. Porém, seu estado de saúde agravou-se e ele teve de voltar à Europa, onde morreu no dia 4 de julho de 1878, com 33 anos de idade. D. Frei Vital é considerado mártir da fé e defensor dos direitos da Igreja Católica e com certeza fez a diferença nos quadros religiosos.

2 Comments:

Dulce Miller said...

Olá Baby! Obrigada pela sua visita no meu Norte e por suas palavras lá. Estou aqui pra retribuir. Então...eu ainda não sei qual é o meu medo real, porque da solidão não tenho medo não, por experiência própria. Acho que só Deus sabe e talvez um dia eu consiga entender. Aquele é só um dos tantos sonhos que tenho e se repetem. Nos sonhos, eu converso e convivo com pessoas que eu não conheço, eu vou a lugares que nunca vi e até saio voando por aí...Mas disso não tenho medo não.

Beijos e apareça!

Unknown said...

xara,

pode benificia parente não, heim
oia o nepotismo !!!

beijos