segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Palmeiras


Adriana, minha amiga, para você não ficar com ciúmes, pesquisei sobre o seu amado Palmeiras, muito interessante a história deste time, garanto que foi muito prazeroso conhecer um pouco desta história porque faz parte da nossa cultura.

A abolição da escravatura andava a passos largos e já se sabia que, cedo ou tarde, ela seria assinada, o que viria a acontecer seis anos depois. O País precisaria, então, de uma nova mão-de-obra e nada melhor que esta fosse a dos europeus, sobretudo a dos italianos que chegavam ao Brasil trazidos em virtude das notícias sobre fertilidade de nosso solo.
O navio "Colombo" acaba de chegar da Europa lotado de passageiros e de esperanças. Entre todos aqueles que desembarcaram e, pela primeira vez pisaram o solo nacional, estava Caetano Tozzi, o primeiro dentre os italianos a se registrar nos serviços brasileiros de imigração.Nos quase 50 anos em que viveu no Brasil, este imigrante pôde mostrar o espírito aberto às coisas de nosso País, sem deixar de lado o amor pela velha, querida e então já distante Itália.
O clube Sociedade Esportiva Palmeiras foi fundado em 26 de Agosto de 1914 pela colônia italiana da cidade de São Paulo, sob o nome "Palestra Italia". A sua fundação se deu pela presença de dois times italianos no Brasil, no caso o Pro Vercelli e o Torino, impulsionando assim quatro jovens italianos a criar um time para a colônia italiana, eram eles; Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vincenzo Ragognetti e Ezequiel Simone, funcionários das Indústrias Matarazzo(que contaram com o apoio da fábrica para fundar o clube). A ata de fundação por sinal, é redigida em italiano. O primeiro presidente é Ezequiel Simone, que fica apenas dezenove dias no cargo.
A imensa maioria dos sócios fundadores eram italianos e descendentes; havia um português, inclusive eleito diretor, mas nenhum deles era filiado a qualquer outra entidade futebolística, com exceção do Luigi Cervo, que fora sócio e jogador do Internacional.
Entre agosto de 1914 a janeiro de 1915 o Palestra tratou de organizar a sua primeira apresentação para a cidade e principalmente para a colônia italiana residente em São Paulo. O grande baile de inauguração aconteceu nos salões da "Germânia" - localizado na rua "Dom José de Barros" e alugado na época por 300 mil réis - com uma festa realizada no dia 9 de janeiro, um sábado.
O Palestra Itália foi forçado a mudar de nome por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Após manter uma posição de neutralidade ao longo dos três primeiros anos do conflito, em 28 de janeiro de 1942 o Brasil rompeu relações diplomáticas com os Países do "Eixo" (Alemanha, Itália e Japão), sinalizando a posição que formalizaria em 31 de agosto do mesmo ano, quando declarou guerra a estes Países, alinhando-se com os "Aliados", (EUA, Inglaterra, França, e outros países).
Duas semanas depois, na noite do dia 14 de setembro de 1942, a diretoria do Palestra reuniu-se em sessão extraordinária para discutir a exigência dos militares, de mudança total do nome, a despeito de Palestra ser uma palavra grega.Após horas de discussão e resistência, e da sugestão de nomes como Piratininga e Paulista, decidiu-se finalmente por Sociedade Esportiva Palmeiras, em parte pela preservação da letra P nos escudos e símbolos do clube, e em parte em homenagem à Associação Atlética das Palmeiras, clube então extinto mas que sempre manteve excelente relacionamento com o Palestra Itália, tendo fornecido apoio decisivo em diversas ocasiões de litígio com dirigentes do futebol paulista.

Hino do Palmeiras

Quando surge o alvi-verde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda

E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencida
E mostrar que de fato é campeão

Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
(repete)

Por nosso alvi-verde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra

Fonte: Site Oficial do Palmeiras - Palmeiras.com.br

domingo, 27 de setembro de 2009

"Viu passarinho verde"


As cartas de amor deram origem a frase. A expressão "viu passarinho verde" é empregada para aqueles que, demonstram alegria. O verde é a cor da esperança e da paz. De acordo com o folclorista Luís da Câmara Cascudo, no livro Locuções Tradicionais no Brasil, a tal ave era o periquito, muito usado para levar no bico mensagens trocadas por casais. Assim, avistar esse animal seria "identificar o alado pajem confidencial dos segredos"(Livia Lombardo). Há ainda uma lenda do século 19, conta que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim, o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância da família. Por isso quando a moça ou rapaz estão apaixonados, as pessoas dizem logo. "humm viu passatinho verde".
A expressão também deu origem a música Periquitinho Verde interpretada por Dircinha Batista e fez sucesso em 1937, autoria de Nássara e Sá Róris.

Periquitinho Verde
Dircinha Batista

Meu periquitinho verde
Tire a sorte por favor
Eu quero resolver
Este caso de amor
Pois se eu não caso
Neste caso eu vou morrer

O que eu não quero
É depois de me casar
Ouvir a filharada
Noite e dia a me amolar
Pois eu juro que não tenho
Paciência de aturar
"mamãe eu quero mamar"

Professores do Brasil – Blogagem Coletiva – Participe


O Ponderantes está promovendo a blogagem coletiva “Professores do Brasil”. O evento ocorrerá na mesma data em que se comemora o dia desses profissionais que, embora sejam imprescindíveis à sociedade, estão cada vez menos valorizados.

Para maiores informações cliquem aqui: Ponderantes

sábado, 26 de setembro de 2009

Veraneando

Charge de Balbino,1909.

O nome do barão do Rio Branco é sinônimo de diplomacia no Brasil. Mas, no seu tempo, não escapou à zombaria dos chargistas. No desenho de Bambino, de 1909, uma troça com o ministro brasileiro, que descansava enquanto Joaquim Nabuco (no leque) servia como embaixador brasileiro nos Estados Unidos.

– Não há diplomacia que valha isto!...

Fonte: Revista da Biblioteca Nacional

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Museu da Cachaça


Conversadeira, pinga, reza-forte, sossega-leão. Tão tradicional quanto popular, a cachaça tem suas honrarias Brasil afora. E no Ceará não seria diferente. Como nem só de praias vive a terra do sol, a 30 quilômetros de Fortaleza encontra-se o Museu da Cachaça, no pé da serra de Maranguape.

Construído em meados do século 19, o casarão já seria uma atração por si só. Mas é em seu interior que o universo da aguardente se descortina. São mapas, fotos, filmes, maquinário e garrafas que contam a história e o processo de fabricação artesanal da bebida. Um dos maiores tonéis de madeira do mundo está lá, com 374 mil litros da “abençoada”. E já que ninguém é de ferro, depois de perambular por entre tonéis, a dose é cortesia da casa.

De terça a domingo, das 8h às 17h. Adultos pagam R$ 5 e crianças até 10 anos, R$ 2,50. A Fazenda Ypióca fica no Distrito de Sapupara.
Fonte: revista da Biblioteca Nacional

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tricolor de aço

Mascote do Bahia


A pedido do amigo Manoel Trajano, estou aqui para falar um pouco do Tricolor de Aço.

O Esporte Clube Bahia, também conhecido por simplesmente Bahia ou pelos apelidos Tricolor de Aço, Baêa, Esquadrão de Aço, Espanta Tabu, Tricolor da Boa Terra, Campeão dos Campeões e Bahiaço, é um clube de futebol da cidade de Salvador, estado da Bahia. Foi fundado em 1º de janeiro de 1931 e atualmente está competindo na Série B do Brasileirão, além do Campeonato Baiano e da Copa do Brasil. Seu rival é o Vitória, com quem protagoniza o clássico conhecido como Ba-Vi, o mais conhecido do Norte-Nordeste
Famoso pelo grande número de torcedores, que costumavam lotar a Fonte Nova (desativado), local onde mandava suas partidas, mesmo quando estava em divisões inferiores, o clube tem uma das maiores torcidas do Brasil. Agora com o novo Estádio de Pituaçu desde o começo e 2009, o Tricolor continua mostrando ter uma torcida bem fiel, mantendo uma média de 14.000 torcedores por jogo. Ao todo, já tiveram 18 jogos realizados pelo Esquadrão em Pituaçu, e lá ele apenas perdeu uma, e empatou duas, totalizando então incríveis 15 jogos vencidos pelo Bahia até então (até o jogo Bahia 4 á 0 ABC, em 6 de junho de 2009), comprovando a grande força da torcida tricolor.

Suas maiores conquistas são a Taça Brasil de 1959, tornando-se o primeiro campeão nacional ao derrotar o Santos FC, e o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1988, agora já organizado pela Confederação Brasileira de Futebol. E foi com este último campeonato vencendo o Internacional de Porto Alegre que garantiu sua vaga na Taça Libertadores da América de 1989 e obteve seu melhor resultado chegando às quartas-de-final. É, portanto, além do Sport Recife, o único time do Norte-Nordeste com dois campeonatos nacionais. Com o eventual reconhecimento da Taça Brasil como Campeonato Brasileiro pela CBF, tornar-se-á bicampeão brasileiro, o que já reconhecido pela sua torcida.
Fonte: Wikipédia

domingo, 13 de setembro de 2009

As mascotes das Copas do Mundo













Copa de 2010 - África


Quem não se lembra da Naranjito, a simpática laranja que era a mascote da Copa do Mundo de 1982? As mascotes estão em qualquer evento de grande porte, a Copa do Mundo não poderia ser diferente. A Copa do Mundo é um evento visto com bilhões de pessoas .
A primeira mascote de Copa do Mundo foi o leão Willie. Curiosamente os alemães adotaram um leão, o Goleo VI na copa de 2006. Willie apareceu inclusive no pôster oficial da Copa do Mundo da Inglaterra com sua camisa com a bandeira do Reino Unido, a Union Jack. Willie é considera do a mascote mais famosa de todas as Copas do Mundo.

Os anos 1970 foram marcados pela humanização das mascotes nas Copas do Mundo. No México em 1970 a mascote escolhida foi Juanito, um menino com características caucasianas com um sombreiro e uma bola. Em 1974 as mascotes foram a dupla Tip e Tap, dois meninos com o uniforme da seleção da Alemanha Ocidental. Um tinha as inicias de Copa do Mundo em alemão (WM - Weltmeisterschaft) numa camisa e o outro o ano da Copa (74). Em 1978, Gauchito foi o escolhido para a Copa da Argentina. Novamente um menino com a camisa da seleção local e características regionais.

Os anos 1980 mudaram a concepção de mascotes. Uma laranja e uma pimenta com sombreiro foram as mascotes da década. Em 1982, Naranjito foi a primeira fruta como mascote em Copas do Mundo. A laranja com a camisa da seleção espanhola fez muito sucesso. Além de estar estampada em vários produtos da Copa a laranjinha da Copa protagonizou uma série de desenhos animados na televisão espanhola. No revival dos anos 1980 Naranjito aparece com um dos símbolos dos anos 80.

O estranho Pique foi a mascote escolhida para a Copa do México de 1986. Pique era uma pimenta com bigod e vestida com as cores da seleção local e um típico sombreiro mexican o.


Em 1990 tentaram criar um mascote diferente para a Copa da Itália. Ciao talvez seja a mascote mais bizarra de todas as Copas do Mundo. Ciao é um boneco tricolor simulando um jogador de futebol. Além das bandeiras da Itália por todo o seu corpo, Ciao tinha uma bola de futebol na cabeça. Apesar disso, Ciao fez muito sucesso na época também.

O cão Striker foi escolhido como mascote para a Copa de 1994 dos Estados Unidos. Striker vestia-se com as cores da bandeira dos EUA. Em 1998 os franceses optaram pelo galo Footix. O galo é o símbolo do país e Footix era um Galo azul, cor da camisa da seleção francesa. Nos anos 90 foi intensificado a utilização das mascotes em diversos materiais promocionais, sem contar na divulgação do evento em cartões telefônicos, selos e todos os tipos de peças para promover a Copa do Mundo.

Seguindo uma tendência de ter mais de um mascote por evento dos anos 1990, a Copa da Coréia teve os estranhos Ato, Nik e Kaz. Seria natural que a primeira Copa do Mundo em dois país
es diferentes tivesse mesmo dois mascotes. A mascote da Copa de 2006 é o leão Goleo VI. Um leão de 2 metros e 30 centímetros de altura e 18 anos. Goleo veste a camisa 06 da Alemanha em referência ao ano da Copa e tem a companhia de Pille, uma bola falante. Ao contrário dos outras mascotes Goleo VI não é um desenho.

Os mascotes aumentam as vendas de produtos mas dificulta a lembrança do evento. Assim como as mascotes da Copa passada já caíram no esquecimento a lembrança da Águia Sam das Olimpíadas de 1984, do Urs
inho Misha de 1980, Naranjito de 1982 permanecem. Resta saber se Goleo VI e Pille não vão acabar no buraco da memória.

Lista de
mascotes da Copa do Mundo de Futebol FIFA:
Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra - Willie, um leão

Copa do Mundo de 1974 na Alemanha Ocidental - Tip e Tap, dois jovens
Copa do Mundo de 1978 na Argentina - Gauchito, um garoto
Copa do Mundo de 1982 na Espanha - Naranjito, uma laranja
Copa do Mundo de 1986 no México - Pique, uma pimenta
Copa do Mundo de 1990 na Itália - Ciao, um boneco
Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos - Striker, um cão
Copa do Mundo de 1998 na França - Footix, um galo
Copa do Mundo de 2002 na Coréia do Sul e Japão - Ato, Kaz e Nik, criaturas futurísticas
Copa do Mundo de 2006 na Alemanha - Goleo VI e Pille
Copa do
Mundo de 2010 na África do Sul - Zakumi

Lista de mascotes do Campeonato Europeu de Seleções:
Eurocopa de 1980 na Itália: Pinoccio, o boneco de madeira
Eurocopa de 1984 na França: Péno, um galo

Eurocopa de 1988 na Alemanha Ocidental: Berni, um coelho
Eurocopa de 1992 na Suécia: um coelho
Eurocopa de 1996 na Inglaterra: Goliath, um leão
Eurocopa de 2000 na Bélgica e Holanda: Benelucky, um leão diabo
Eurocopa d
e 2004 em Portugal: Kinas, um menino
Eurocopa de 2008 na Áustria e Suíça: Trix e Flix, gêmeos

Lista de mascotes do Copa América de Seleções:

Copa América de 1987 na Argentina: Gardelito, um menino
Copa América de 1989 no Brasil: Tico, um frango
Copa América de 1991 na Chile: Guaso, um jogador feito de rabiscos
Copa América de 1993 no Equador: Choclito, um milho
Copa América de 1995 no Uruguai: Torito, um touro
Copa América de 1997 na Bolívia: Tatú, um tatu

Copa América de 1999 no Paraguai: Taguá, um javali
Copa América de 2001 na Colômbia: Ameriko, um extraterrestre
Copa América de 2004 no Peru: Chasqui, um inca
Copa América de 2007 no Peru: Guaki, uma arara

Lista de mascotes do Copa Africana de Seleções:
Copa Africana d
e Seleções de 1992 no Senegal: Diambar, um leão
Copa Africana de Seleções de 1994 na Tunísia: uma águia
Copa Africana de Seleções de 1996 na África do Sul: um
leopardo
Copa Africana de Seleções de 1998 em Burkina Faso: Fofo, uma bola de futebol
Copa Africana de Seleções de 2000 em Gana e Nigéria: uma águia e uma estrela negra
Copa Africana de Seleções de 2002 no Mali: um hipopótamo

Copa Africana de Seleções de 2004 na Tunísia: uma águia
Copa Africana de Seleções de 2006 no Egito: Croconile, um crocodilo
Copa Africana de Seleções de 2008 em Gana:
Copa Africana de Seleções de 2010 em Angola:

Lista de mascotes do Copa Asiática de Seleções:
Copa Asiática de
Seleções de 2000 no Líbano: Nour, um pardal.
Copa Asiática de Seleções de 2007 na Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã:

Fonte http://www.duplipensar.net/dossies/copa-do-mundo-2006-alemanha/mascotes-das-copas-do-mundo.html#

Copa de 2002 - Coréia


Mascotes


Alemãozinho
15 de Novembro/RS

Leão da Montanha
Cruzeiro-PoA

Tigre
Criciúma/SC

Leão
Avaí/SC

Bepe
SER Caxias/RS

Pinguim
Caxias/SC

Índio Condá
Chapecoense/SC

Vovô
Coritiba/PR

Figueirinha
Figueirense/SC

Mosqueteiro
Grêmio/RS

Coelho
Joinville/SC

Periquito
Juventude/RS

Xavante
Brasil de Pelotas/RS

Lobo
Pelotas/RS

Tubarão
Londrina/PR

Nóia
Novo Hamburgo/RS

Furacão
Atlético/PR

Gralha Azul
Paraná Clube/PR

Cayuazinho
Paranavaí/PR

Saci
Internacional/RS

Tubarão
Tubarão/SC

Fantasminha
Operário Ferroviário/PR

Todas as imagens aqui contidas foram retiradas da internet. Caso você seja o autor de uma delas e não quer que ela seja utilizada no blog, deixe uma mensagem que estaremos removendo.

História das mascotes

A palavra mascote surgiu na década de 1860 e vem do provençal "masco", que significa mágico. Atualmente as mascotes fazem parte do conglomerado de merchandising das olimpíadas e dos jogos de futebol.
Seu uso data do termino da idade medieval, quando reis, marqueses e outras peças da nobreza caminhavam entre o povo com seus animais de estimação, geralmente cães ou gatos. Mas, foi no período da revolução francesa em 1789, que caíram no uso popular. A partir daí, o bicho de estimação cedeu lugar a qualquer objeto, animal ou pessoa que trouxesse boa sorte ou algum tipo de felicidade, sendo usado como símbolo de prosperidade.
Os clubes europeus foram os primeiros a incorporar as mascotes ao futebol, pratica que já era usada pelos colégios do continente. No Brasil, o uso teve inicio no final dos anos trinta, quando o esporte ainda engatinhava no profissionalismo e tornou-se febre nos anos quarenta.
Grandes cartunistas deram vida as mascotes dos clubes mais populares do país. Entre eles, podemos destacar o argentino Lorenzo Mollas, que trabalhou no Jornal do Brasil na década de 40 e que foi responsável por boa parte das mascotes do futebol carioca. Foi ele quem associou o jeito explosivo do Pato Donald ao Botafogo e inventou para o Fluminense o Cartola, por conta da aristocracia do clube. Para o América, Mollas criou o Diabinho, pelo jeito maroto que o time tinha com relação aos outros clubes do Rio.
O nascimento de uma mascote nunca é por acaso, ela está sempre associada a uma situação inesperada, que de alguma forma passa a identificar o clube, ou sua torcida junto ao restante da comunidade. Todo clube que se considera organizado, procura valorizar sua mascote da mesma forma que valoriza o uso do escudo. A base para o profissionalismo passa pela organização de cada clube, equipes consideradas amadoras como o Real Campina, equipe suburbana de Campina Grande é um exemplo que deixa muito clube profissional chorando de inveja. Na sede é possivel observar a valorização da equipe no capricho dado tanto as cores do clube quanto ao escudo e também na mascote .

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Revista Tico-tico


A revista O Tico-Tico foi lançada em outubro de 1905 a partir de um projeto desenvolvido pelo jornalista e cartunista Renato de Castro, juntamente com o poeta Cardoso Júnior e com o professor e também jornalista Manuel Bonfim. O grupo apresentou a proposta da revista a Luis Bartolomeu de Souza e Silva, dono do jornal Sociedade O Malho, que, além de receber a proposta com entusiasmo, ajudou a formatá-la, usando como inspiração as publicações européias do gênero. Em especial, a revista francesa La Semaine de Suzette, que entrara em circulação em fevereiro do mesmo ano.
Desde o início, a revista se caracterizou pela variedade de seções e informações que trazia dentro de suas páginas, dando conta de diversos aspectos da vida social que, segundo seus editores, eram necessários ao desenvolvimento das crianças.

Para saber mais: http://blogln.ning.com/profiles/blogs/revista-tico-tico-sandra-pina

Quem foi J. Carlos?


Caricatura de J. Carlos que mostram figuras populares do Rio nos anos 20: o tema é música
Fonte: J. Carlos 100 anos, Rio de Janeiro. Finarte ( Instituto Nacional de Artes Plásticas), 1984, p. 25

José Carlos de Brito e Cunha nasceu na cidade do Rio de Janeiro no bairro de Botafogo em 18 de junho de 1884, vindo a falecer nesta mesma cidade em 2 de outubro de 1950.

J. Carlos é a essência da caricatura, sendo o maior expoente desta arte em nosso País na primeira metade deste século. Sua vastíssima produção abrange desde ilustrações de texto, letras e alfabeto, publicidade, histórias em quadrinhos, charges, portrait-charges, caricaturas, vinhetas, capas de revistas e livros infantis, além de ter realizado texto para teatro. A complementar tudo isso as legendas sempre sintéticas mas de profundo senso filosófico que além de provocar o riso levavam o leitor a refletir e a desenvolver um pensamento crítico.

Trabalhou intensamente na imprensa, tendo publicado nos principais jornais e revistas de sua época, entre eles destacamos: O Malho, O Tico-Tico, Ilustrações Brasileiras, Para Todos, Fon-Fon, Careta, O Tagarela e O Cruzeiro.

Hoje J. Carlos é reverenciado com o nome em uma rua do Jardim Botânico, um busto em praça pública no mesmo bairro e o nome de uma escola municipal em Irajá, tendo ainda uma medalha em sua homenagem, um broche em cerâmica com a imagem da "Melindrosa" e a decoração da cidade no carnaval de 1970 baseada em-sua obra.

J. Carlos teve ainda participação destacada em eventos ligados ao desenho de humor contemporâneo, como as exposições Só Riso na VilIa, Centenário da República e o Centenário do Futebol, nas quais foi capa de catálogo. Foi homenageado com salas especiais nos seguintes salões de humor: Salão Carioca de Humor 1988, Salão de Humor de Juiz de Fora/MG 1989, Salão de Humor de Maceió/AL 1989, Salão de Humor do Recife/PE 1989, I Encontro Brasil Portugal de Humor/Lisboa 1989, Salão Internacional de Humor de Piracicaba/SP 1989, I Salão Carioca Internacional de Humor/Rio 1991, Encontro de Humor Brasil Costa Rica/San José 1991, Encontro de Humor Colõmbia/Bogotá 1992 e Encontro de Humor Brasil Chile/Santiago 1994.

JORGE DE SALLES
Curador do Atelier Carioca de Humor

terça-feira, 8 de setembro de 2009

As capas dos livros infantis


A literatura infantil sofreu desde o século XVI problemas em editar suas capas, por falta de tecnologia gráfica na epóca. Portanto antes do século XVI as capas pra ilustrar os livros infantis não existiam. As primeiras obras desse gênero eram comercializadas por vendedores ambulantes que reproduziam contos folclóricos nos chamados “chapbooks”. Esses primeiros livros infantis eram fabricados a partir de uma enorme folha de papel redobrada em uma dezena de partes e carente de qualquer apresentação ilustrada.
Somente no século XVIII, graças ao interesse do comerciante e ilustrador John Newbery, a história dos livros infantis teve uma nova página. Por volta de 1740, esse britânico teve a idéia de fabricar ilustrações para um livro infantil. Logo depois, decidiu incrementar o apelo visual dos livros que vendia com o acréscimo de um brinquedo. Em pouco tempo, Newbewrry reinventava o mercado literário infantil e cativava a lembrança de jovens leitores.
Passando para o século XIX, vemos as capas ganharem uma maior riqueza de detalhe com o uso de estampas coloridas e detalhes em tons metálicos. Nesse mesmo período, temos a criação dos atrativos livros-brinquedo e livros-presente. Entre os clássicos dessa época podemos assinalar a publicação de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Caroll; e “Contos de Fadas para Crianças”, dos irmãos Grimm. No século XX, a queda dos custos e o incremento tecnológico deram mais vida às capas infantis.

A crise econômica que sobreveio o mundo com as duas Guerras Mundiais, fez com que o mercado da literatura infantil sofresse uma grande retração. Os Estados Unidos, a mais estável das potências econômicas, dominaram a literatura infantil por muito tempo e foram capazes de atrair vários autores estrangeiros. Com o fim da Segunda Guerra, a onda de inovações tecnológicas promoveu a criação de diversas histórias e ilustrações onde máquinas e automóveis ganhavam vida.

Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento hippie e a revolução dos valores incidiram diretamente na fabricação dessas obras. As histórias tinham traços cada vez mais existencialistas e as capas ganhavam uma maior gama de cores e formas. Um dos best-sellers que representaram essa tendência foi o livro “Charlie e a Fantástica Fábrica de Chocolate”, onde um pobre garoto ficava dividido entre seus sonhos pessoais e os problemas econômicos de sua família.

Na década seguinte, o mercado editorial infantil estava amplamente consolidado e o investimento em tecnologia gráfica computadorizada dava seus primeiros passos. Paralelamente, as ilustrações ganhavam maior força com a inovadora fabricação de livros voltados para bebês. No final deste século, este campo deu um passo maior com a fama mundial de Harry Potter, o enigmático bruxo inglesinho capaz de atrair o imaginário de adultos e crianças.

Com isso, percebemos que a arte gráfica da literatura infantil marcou o desenvolvimento de um mercado econômico. A ação criativa dos ilustradores e a tecnologia de impressão foram responsáveis pela formação de uma memória lúdica partilhada por milhares de pessoas que conheceram Oliver Twist, o elefante Barbar, Branca de Neve e outros ícones infantis.

Fonte: História do Mundo

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Independência do Brasil

Não quero aqui repetir a história da nossa Independência, pois já fiz em ano anterior em outro post. Quero apenas deixar minha homenagem por esta data que fez a diferença para todo os brasileiros, de uma forma lúdica.
Há 183 anos, o Brasil vivia o auge do processo que o levou à independência do governo de Portugal. Desde então, o País adotou o dia sete de Setembro para comemorar este fato que
mudou sua história
Charge de Marco Jacson publicada na Folha de Lodrina no dia 06/09/2009, fazendo alusão ao que o Presidente Lula afirmou que o Pré-sal é a nova Independência do Brasil.
Charge de Tiago Recchia para a Gazeta do povo publicada dia 06/09/2009




domingo, 6 de setembro de 2009

A REPUBLICA DO CAFE COM LEITE

A REPUBLICA DO CAFE COM LEITE DEU INICIO NO PERIODO ENTRE 1889 A 1930
Com a posse do paulista Prudente José de Morais na Presidência, em 1894, o poder passava das mãos dos setores militares para os políticos liberais. A base político-social desses políticos eram as oligarquias agrárias do Sudeste, sobretudo de São Paulo e Minas Gerais, representadas por seus respectivos partidos, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro).

Fonte: waldeka e noix 266 blogger

sábado, 5 de setembro de 2009

Teste de História (4)

Questão 01
O Império Babilônico dominou diferentes povos como os sumérios, os acádios e os assírios.
Para governar povos tão diferentes, o rei Hamurábi organizou o primeiro código de leis escritas,
Código de Hamurábi.
• Se um homem acusou outro de assassinato mas não puder comprovar, então o acusador será
morto.
• Se um homem ajudou a apagar o incêndio da casa de outro e aproveitou para pegar um objeto
do dono da casa, este homem será lançado ao fogo.
• Se um homem cegou o olho de outro homem, o seu próprio será cegado. Mas se foi olho de
um escravo, pagará metade do valor desse escravo.
• Se um escravo bateu na face de um homem livre, cortarão a sua orelha.
• Se um médico tratou com faca de metal a ferida grave de um homem e lhe causou a morte ou
lhe inutilizou o olho, as suas mãos serão cortadas. Se a vítima for um escravo, o médico dará
um escravo por escravo.
• Se uma mulher tomou aversão a seu marido e não quiser mais dormir com ele, seu caso será
examinado em seu distrito. Se ela se guarda e não tem falta e o seu marido sai com outras
mulheres e despreza sua esposa, ela tomará seu dote de volta e irá para a casa do seu pai.
Assinale a alternativa correta:
A) As leis aplicavam-se somente aos homens livres e que possuíssem propriedades.
B) Estabeleceu o princípio que todos eram iguais perante a lei e por isso um escravo teria os
mesmos direitos que um homem livre.
C) O Código de Hamurábi representava os ideais democráticos do Império Babilônico.
D) O código tinha como princípio a “pena de talião” resumida na expressão “olho por olho,
dente por dente”.
E) O Código considerava a mulher propriedade do homem e sem direitos.

Resposta: D

Questão 02
“A abolição da escravatura no Brasil, sem uma política de inserção social daqueles trabalhadores, trouxe uma
imensa marginalização social dos afrodescendentes. Afinal, havia uma nova ordem social na qual a preferência
pelos imigrantes gerou a exclusão do negro do mercado de trabalho, levando-o à miséria e a um tratamento
diferenciado. Essa assimetria social – sustentada e reforçada pelo racismo científico do séc XIX – gerou uma
situação lastimável: negros ainda eram oprimidos pelas idéias escravocratas que pareciam não ter realmente
desaparecido do contexto.”
(KÖSSLING, Karin Sant’Anna. Da liberdade à exclusão. Revista Desvendando a História., Ano 2, n.10, p.39).
De acordo com o texto:
I. A abolição da escravatura em 1888 pela princesa Isabel resolveu a questão de três séculos de exploração,
maus tratos e sofrimentos. A lei restituiu aos afrodescendentes a dignidade e o direito à cidadania.
II . A Lei Áurea emancipou os negros da escravidão sem, contudo, lhes oferecer possibilidades reais e dignas de
participação no mercado de trabalho.
III. Os afrodescendentes ficaram condenados a exercer um papel subalterno na sociedade, levando-os à miséria.
IV. A preferência pelos imigrantes reforçou a tese da igualdade racial tão propagada no século XIX.
Estão corretas:
A) I e IV. D) III e IV.
B) II e III. E) I e III.
C) II e IV.


Resposta: B

Carnaval fora de época



"Os troncos, bacalhaus e outros instrumentos de tortura alimentam as fogueiras em redor das quais os novos cidadãos entregam-se ao mais delirante batuque."


Charge de Angelo Agostini publicada em 1888 na Revista Illustrada

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Teste de História (3)

Quiz da Independência - História do Brasil
Sete de setembro é a data em que se comemora a independência do Brasil. Não pague "mico" na escola, no vestibular ou em uma reunião social. Teste seus conhecimentos sobre história do Brasil e mantenha as respostas na ponta da língua. Afinal, todo cidadão tem obrigação de conhecer a história de seu país.

1. Quando começou oficialmente a colonização portuguesa no Brasil?
Em 1.500, com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao sul da Bahia
Em 1.502, com a chegada de Américo Vespúcio ao Brasil
Em 1.531, com a chegada do administrador português Martim Afonso de Sousa ao Brasil
2. Em 1.534, o rei de Portugal autorizou a divisão do Brasil em capitanias hereditárias. Quantas capitanias foram criadas?
10
15
21
3. Quem foi o 1º governador geral do Brasil?
Martim Afonso de Sousa
Tomé de Sousa
Mem de Sá
4. Além dos portugueses, os franceses e os holandeses também tentaram conquistar o Brasil. Quando e onde ocorreu a primeira invasão holandesa?
Em 1.624, na Bahia
Em 1.624, em Pernambuco
Em 1.630, em Pernambuco
5. Três ciclos marcaram a economia do Brasil. Em ordem cronológica, quais foram eles?
Ciclos da cana-de-açúcar, do ouro e do café
Ciclos do ouro, da cana-de-açúcar e do café
Ciclos da cana-de-açúcar, do café e do ouro
6. Qual foi a 1ª capital do Brasil?
Rio de Janeiro
Porto Seguro
Salvador
7. Em que ano Portugal reconheceu a independência do Brasil?
1.822
1.825
1.827
8. Quando foi assinada a lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil?
1.886
1.888
1.889
9. Quando foi proclamada a República do Brasil e quem a proclamou?
Em 1.886, por D. Pedro I
Em 1.888, por D. Pedro II
Em 1.889, pelo Marechal Deodoro da Fonseca
10. Quem foi o 1º presidente civil brasileiro e quando ele assumiu o governo?
Prudente de Morais, em 1.894
Campos Sales, em 1.898
Rodrigues Alves, em 1.902

Gabarito:

1. Em 1.531, com a chegada do administrador português Martim Afonso de Sousa ao Brasil

2. 15

3. Tomé de Souza

4. Em 1624, na Bahia.

5. Ciclos da cana-de-açúcar, do ouro e do café

6. Salvador

7. 1825

8. 1888

9. Em 1.889, pelo Marechal Deodoro da Fonseca

10. Prudente de Morais, em 1.894

Fonte: Editora Abril

Exposição _ Museu Histórico Nacional


Nabuco em dois momentos: aos 15 anos (à esquerda) e já como embaixador (à direita); as fotos fazem parte da exposição sobre sua vida, da infância até a fase em que se tornou diplomata


Pessoal achei esta notícia muito imporatnte para os amantes da nossa História.

Está em cartaz no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, uma exposição em homenagem ao embaixador, político e escritor Joaquim Nabuco (1849-1910). A mostra foi inaugurada no dia 19 de agosto, quando o abolicionista completaria 160 anos. Em 2010, ano do centenário da morte de Nabuco, a mostra passará por Brasília e Recife.
Com o nome “Joaquim Nabuco: brasileiro, cidadão do mundo”, a exposição biográfica tem curadoria de Helena Severo e está dividida em módulos cronológicos: a infância e a formação; o abolicionista e o pensador; e o diplomata e cidadão do mundo.
Serão exibidos objetos pessoais, livros, correspondências com Machado de Assis e outros, móveis e documentos, como a Lei Áurea original. Os textos foram escritos por estudiosos da biografia de Nabuco, como o sociólogo Francisco Weffort, o diplomata Rubens Ricupero e representantes da Fundação Joaquim Nabuco. A cenografia é de Chicô Gouveia, e o projeto multimídia, de Marcello Dantas.

João Capistrano de Abreu (1853 - 1927)


Nasceu em Maranguape-CE, historiador brasileiro. Um dos primeiros grandes historiadores do Brasil, produziu, ainda, nos campos da etnografia e da lingüística. A sua obra é caracterizada por uma rigorosa investigação das fontes e por uma visão crítica dos fatos históricos.

Fez os seus estudos primários e secundários em Fortaleza e no Recife, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1875. Nesta cidade, empregou-se como caixeiro, na famosa Livraria Garnier,

passando a colaborar no periódico Gazeta de Notícias. Nomeado oficial da Biblioteca Nacional (1879), inscreveu-se em concurso do Colégio Pedro II para o cargo de professor de Corografia e História do Brasil (1883). A tese que apresentou versava sobre o Descobrimento do Brasil e seu desenvolvimento no século XVI, considerada como uma das mais importantes obras em historiografia de história do Brasil. Aprovado, tomou posse do cargo em 23 de Julho de 1883, tendo-o exercido até 1899, quando Epitácio Pessoa, então ministro da Justiça, determinou anexar o ensino de história do Brasil ao de história universal. Em sinal de protesto, Capistrano recusou-se a lecionar a nova disciplina, preferindo manter-se em disponibilidade para se dedicar à pesquisa.
Principais Obras: José de Alencar (1878); A língua dos Bacaeris (1897); Capítulos de História Colonial (1907); Dois documentos sobre Caxinauás (1911-1912) Os Caminhos Antigos e o Povoamento do Brasil (1930); O Descobrimento do Brasil Ensaios e Estudos (1931-33, póstumos).


Fonte: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre


É considerado o primeiro historiador a dar visibilidade às classes populares na história sócio-econômica do Brasil. De qualquer maneira, cabe salientar que a sua carreira foi marcada por algumas fases:

•1ª fase – De influência positivista, baseava seus estudos a partir das considerações e leituras de Taine, Buckle e Agassiz, demonstrando forte empatia com a noção de civilização da escola francesa.
•2ª fase - ɠnesta etapa que a sua formação teórica se consolida e as mudanças em seu discurso historiográfico podem ser notadas, a exemplo de uma maior elaboração das idéias. Isso ocorre, sobretudo, devido ao seu contato com farta documentação inédita e por causa das suas leituras dos trabalhos de outros historiadores não positivistas da escola realista-histórica alemã.
•3ª fase – Ocorre nesta etapa um aprimoramento intelectual, buscando apoio em trabalhos da economia, geografia, sociologia (ciência ainda nascente e de cunho positivista), bem como na psicologia. Busca, ainda, ir direto às fontes que tinha acesso; nesse sentido procurou aprender e aprofundar os estudos de latim, francês, alemão e inglês. Aprimora, assim, a sua visão crítica e procura desvincular os estudos históricos das "regras naturais" da filosofia positivista.
Capistrano de Abreu utilizou os escritos de Varnhagen acerca do Descobrimento do Brasil, enquanto ponto de partida para as sua análises, não como fonte inspiradora, mas como contraponto em busca de melhor aprofundamento, pois Abreu criticava as insuficiências encontradas nos trabalhos de Varhagen. Destacou-se pela sua inovação metodológica, na medida em que, ao examinar as teorias, procurava, concomitantemente, apropria-se de um número razoável de fontes primárias, além de ler também a historiografia acerca do tema investigado. Essa metodologia (comum na atualidade) permite melhor visibilidade do assunto estudado para assim se chegar a uma tese consistente.

Seu trato com as fontes e posterior escrita do texto é singular para a sua época, consistindo em:

•Apontar contradições internas dos relatos;
•Verificar a autenticidade das fontes utilizadas pelos estudiosos e historiadores;
•Primar pelas referências precisas das fontes sobre o passado;
•Avaliar se as considerações sobre determinado evento histórico são verdadeiras ou não.
Analisando o descobrimento do Brasil, por exemplo, além de descrever com minúcias a viagem de Cabral é capaz, tamb魬 de relacionar o fato com o contexto mais amplo. Além disso, o autor dedica parte considerável de seus escritos aos índios, e o que é mais importante, sem lançar mão de uma visão eurocêntrica. Segundo Reis, Capistrano de Abreu Romperá radicalmente com Varnhagen, valorizando a presença do indígena e do mameluco na identidade brasileira.

LUCIO MACHADO BORGES


José Murilo de Carvalho



José Murilo de Carvalho nasceu em Andrelândia, MG, em 8 de setembro de 1939. Filho de Sebastião Carvalho de Sousa e Maria Angélica Ribeiro.
Formação e títulos:
Bacharel em Sociologia e Política, Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 1965.
Mestre em Ciência Política. Universidade de Stanford, Califórnia, 1969; Ph.D em Ciência Política, Universidade de Stanford, 1975.
Especialização em Metodologia de Pesquisa, Universidade de Michigan, 1967.
Pós-Doutorado, Departamento de História, Universidade de Stanford, 1976-77.
Pós-Doutorado, Universidade de Londres, 1982.
José Murilo de Carvalho é o único membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e também de Ciências. O historiador recebeu recentemente uma homenagem pelas suas quatro décadas dedicas à vida acadêmica. Parabéns realmente você faz a diferença na nossa HISTÓRIA.
obras:
A Escola de Minas de Ouro Preto (1978)
A Construção da Ordem (1980)
Os Bestializados (1987)
Teatro de Sombras (1988)
A Formação das Almas (1990)
A Monarquia Brasileira (1993)
Desenvolvimiento de la Ciudadania en Brasil (1995)
Pontos e Bordados (1999)
Cidadania no Brasil (2001)