sábado, 21 de março de 2009

Leque - Uma história antiga

Leques comemorativos da Organização do Império e da Independência do Brasil

Alguns amigos lendo o post anterior, me pediram para postar um pouco sobre a história do leque, atendendo a pedidos e ao mesmo tempo agradecendo a ideia, falarei um pouco deste acessório que tem sua origem na China Antiga, onde tornou-se parte integrante do costume nacional, sendo usado pelos reis como um sinal de dignidade. Da China passou para o Japão, onde também foi de uso constante.
O leque integrou, ainda, várias outras culturas: no Egito era uma honra poder-se abanar o Faraó; na Grécia, abanar a esposa durante o sono era uma grande prova de amor do recém-casado, garantindo-lhe o perdão por qualquer falta que tenha cometido. Em Roma haviam escravos especialmente designados para abanarem as patrícias e seus convidados em dias de intenso calor. Também o cristianismo adotou o leque: durante o ofício, dois diáconos, um de cada lado do altar, protegiam o celebrante do calor.


Leque comemorativo da Aclamação de D. João VI

Ao longo dos séculos, os leques foram feitos em diversos materiais e formatos. Primitivamente foram usados leques de folhas, penas, plumas, do feitio de nossas atuais ventarolas, quase sempre de grande tamanho. A partir do século XV começaram a ser usados os leques propriamente ditos, reversíveis ou de fecho, constando de duas partes principais: a armação, pequenas hastes sobrepostas, e a folha, esta em papel, pergaminho, pano pintado (geralmente à guache), rendas e gaze, bordadas com lantejoulas, fios de ouro e dourados.
Os leques difundiram-se por toda a Europa, entre os séculos XVII e XIX, tornando-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo os salões e inspirando poetas e pintores. Nas primeiras décadas do século XX eram suntuosas plumas fazendo parte da toalete das elegantes, mas, após este período, com o desenvolvimento das novas tecnologias para refrescar o ar, o seu uso foi se tornando cada vez mais obsoleto, embora jamais tenham perdido em glamour, como objetos de rara beleza.

Leques séculos XVIII e XIX

Os leques chegaram ao Brasil com D. João VI, que, seguindo o costume francês, introduziu o hábito de perpetuar nestes delicados objetos os fatos mais notáveis do período em que eram fabricados. O uso destes leques comemorativos intensificou-se nos reinados de D. Pedro I e D. Pedro II: feitos na China e encomendados no Brasil às chamadas "Casas das Índias", muito numerosas na Rua do Ouvidor, traziam numa face o feito histórico e noutra decorações com motivos puramente orientais.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Leque - Elegância e Sedução


Achei tao interessante que em Curitiba ocorrerá uma exposição contando a história do leque, um acessório, que já não tem mais tanto prestígio, que resovi divulgar também.
Em cartaz até 08 de maio em Curitiba, a exposição “Leques – Elegância e Sedução”, resgata a história do acessório que já foi personagem nos grandes salões e teatros. Utilizado por faraós, samurais e damas da sociedade, o objeto deixou de ser ferramenta de combate para se tornar arma de sedução das mulheres dos séculos passados. Hoje, seu prestígio se resume aos dias de carnaval.
O público vai conferir cerca de 50 leques dos séculos XVIII, XIX e XX, selecionados do acervo do Museu Paranaense e de colecionadores particulares. Os caminhos simbólicos que o adorno percorreu estarão presentes na exposição, como a aura de sedução e mistério que envolvia o uso do acessório.
A mostra está em cartaz no Hall da Secretaria Estadual de Cultura do Paraná, que fica na rua Ébano Pereira, 240, Centro. De segunda a sexta, de 9h às 18h. Entrada franca. Informações pelo telefone: (41) 3321-4700.

Blog que faz a diferença, faz assim!

Pessoal, recebi a visita do Sr. Saúde do Blog Saúde é o que interessa! e curiosa, fui lá retribuir a visita.
Fiquei tão impressionada com o conteúdo do Blog, que resolvi postar falando sobre o mesmo e também para divulgá-lo compartilhando com meus amigos que estão sempre aqui me prestigiando., pois o Blog é de utilidade pública e realmente é um dos poucos que Faz a diferença.
Visitem e vejam se não tenho razão. Logo abaixo coloquei uma pequena amostra do conteúdo do blog



Nos ultimos anos a dengue tem sido foco da midia devido ao seu alto índice de vítimas. Apesar de seus simtomas parecerem com o de uma gripe. casos mais serios da doença com a dengue hemorragica pode matar! Ainda não foi desenvolvida nenhuma vacina contra esse virus, mas sabemos que ele é transmitido por um mosquitinho, o Aedes aegypti, que se procria em agua parada e limpa. O melhor jeito de evitar a doença e não deixar que seu vetor, ou seja, o mosquito se procrie já que apenas um desses pode infectar até 300 pessoas em 45 dias de vida. Diversas campanhas do governo tem icentivado e educado a não deixar água parada, mas o que muitos não sabem é que até uma tampinha de garrafa pet cheia de água ja é suficiente para que o osquito coloque seus ovinhos. Aqui vai então uma lista de alguns lugares que a maioria das pessoas esquece de se preocupar na luta contra a dengue.
Para saber mais visitem o blog do Dr. Saúde.

Leonel de Moura Brizola


Leonel de Moura Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922 no povoado de Cruzinha, que pertenceu a Passo Fundo (RS) até 1931, quando passou à jurisdição de Carazinho (RS). Seu pai, o lavrador José de Oliveira Brizola, morreu na Revolução Federalista de 1923, lutando nas tropas de Joaquim Francisco de Assis Brasil, que combatiam os republicanos de Borges de Medeiros.
Alfabetizado por sua mãe, Onívia de Moura Brizola, começou na escola primária em 1931, em Passo Fundo. Em 1936, matriculou-se no Instituto Agrícola de Viamão, perto de Porto Alegre, formando-se técnico rural em 1939. Nessa época, trabalhou como graxeiro numa refinaria em Gravataí (RS).
Em 1940, mudou-se para Porto Alegre e obteve emprego no serviço de parques e jardins da prefeitura. Para continuar seus estudos, matriculou-se no Colégio Júlio de Castilhos para fazer o curso supletivo. Em 1945, começou a cursar engenharia civil na Universidade do Rio Grande do Sul, formando-se em 1949.
Como governador do Rio Grande do Sul, Brizola teve um mandato polêmico, tendo encampado empresas multinacionais de energia elétrica e telefonia no Rio Grande do Sul. No governo de João Goulart, teve grande influência, lutando pelas chamadas "reformas de base".
Em 1964, Brizola teve os direitos políticos cassados e foi exilado com o golpe militar. Voltou ao Brasil em 1979 com a Anistia e retornou à política, mas perdeu o direito pela legenda do PTB para Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio. Fundou, então, com outros trabalhistas históricos, o PDT.
Em 1982, numa campanha surpreendente, foi eleito pela primeira vez governador do Rio de Janeiro. Fez um governo em que foi acusado pelos opositores de não combater o crime o que custou a eleição de seu vice, Darcy Ribeiro, para governador em 1986. Na eleição presidencial de 1989 - a primeira direta após a ditadura -, ficou em terceiro lugar, atrás de Fernando Collor e Lula, a quem acabou apoiando. Nesta época, uma frase sua ficou famosa. "Vamos fazer a direita engolir esse sapo barbudo", afirmou, numa referência ao candidato petista.
Em 1990, ele foi eleito para um segundo mandato no Rio de Janeiro, mas acabou deixando o governo desgastado e, graças ao aumento da violência, com a presença do Exército nas ruas. Acabou derrotado a partir de então em todas as eleições que disputou: presidente (1994), vice-presidente (1998, na chapa de Lula), prefeito do Rio (2000) e senador (2002).
Morreu aos 82 anos no rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 2004

sábado, 14 de março de 2009

250 anos de escultura brasileira


Museu Afro Brasil, em São Paulo, recebe exposição com 350 obras datadas desde o final do século XVIII até o século XX.
A história da escultura brasileira será retratada na exposição De Valentim a Valentim, a Escultura Brasileira – século XVIII ao XX, que o Museu Afro Brasil inaugura no dia 19 de março, às 19 horas. A entrada é gratuita. Legal não é? quem estiver em São Paulo não deve perder, até estou com inveja, não perderia este evento por nada.

DE VALENTIM A VALENTIM, A ESCULTURA BRASILEIRA - SÉCULO XVIII AO XX.
ONDE: Museu Afro Brasil, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP.
QUANDO: De terça a domingo, das 10h às 17h, com permanência às 18h.
De 20 de março a 19 de julho de 2009.
QUANTO: entrada gratuita.
CONTATO: (11)5579-0593 ou www.museuafrobrasil.com.br

Revista Fon-Fon! - 1912

Na charge de K. Lixto para a Fon-Fon!, em 1912, uma sátira à moda dos enormes chapéus que cobriam o rosto das senhoras, sugerindo fotografias para identificá-las.

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher (origem)


Hoje, pra quem não sabe, é o dia internacional da mulher. A escolha do dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher não deriva de um acontecimento isolado, mas sim de um contexto histórico e muito mais amplo. A idéia mais difundida é de que a data seria uma homenagem a operárias norte-americanas que, durante uma greve, foram trancadas na fábrica onde trabalhavam e morreram queimadas em um incêndio provocado pelos patrões. Outra hipótese refere-se a uma manifestação das operárias do setor têxtil nova-iorquino ocorrida nesse dia do ano de 1857.
A origem do Dia Internacional da Mulher insere-se em um contexto histórico e ideológico muito concreto, cujo objetivo, em seu começo, não foi rememorar nenhuma catástrofe que vitimou um grande número de mulheres. O texto da resolução adotada pela II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague em 1910, vem confirmar que nem se fazia alusão a nenhum acontecimento protagonizado por operárias que devesse ser comemorado com a celebração do Dia Internacional da Mulher, nem sequer se propunha uma data concreta em que esta devesse acontecer.
Sua origem tem de ser compreendida em meio a ascensão das lutas operárias de finais do século XIX e início do século XX, cujas discussões teóricas, no campo socialista, convocavam à participação política e em cujo contexto tomava corpo a luta pela libertação da mulher. A partir de começos do século XX, essa batalha das socialistas se cruzou com a de um punhado de mulheres independentes, em sua maioria pertencentes à classe média ou alta, que estavam em campanha pelo direito ao voto.

sábado, 7 de março de 2009

Política na cadeia


Não é de hoje que política e criminalidade caminham lado a lado. Nos tempos da Colônia, era comum que o mesmo prédio abrigasse a Câmara e a cadeia local. Em São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro, essa divisão era ainda mais tênue.

Diz a lenda que havia um alçapão de madeira no púlpito da Câmara, sobre o qual os vereadores se manifestavam. Caso o discurso desagradasse às autoridades, puxava-se uma alavanca e o parlamentar era jogado direto em uma das celas da cadeia, que ficava logo abaixo.

Não restam vestígios do alçapão. E daqui a pouco até o prédio pode virar lenda. Ele começou a ser construído em 1747 e só foi concluído em 1794. Suas paredes de 1,5 metro de espessura foram feitas com massa de óleo de baleia e tinham grades triplas nas janelas. Um túnel subterrâneo – chamado de “fujo” pelos locais – ia do prédio até o Rio Paraíba do Sul.

A última reforma se perde no tempo. “Foi em 1974, e mesmo assim o Iphan deixou muita coisa de lado”, conta o jornalista Carlos Sá, morador da cidade. Uma varanda de madeira deteriora-se a olhos vistos. “Além disso, são realizados shows de música popular ao lado, e as vibrações estão fazendo o reboco e as telhas caírem”, alerta. Pela memória de todos aqueles que lá pagaram suas penas ou curtiram seus mandatos, a casa de Câmara e cadeia de São João da Barra merece permanecer de pé.

Envie sua sugestão para a seção 'Patrimônio em Perigo' para o email jornalismo@revistadehistoria.com.br

Evento


Corrupção - Isabel Lustosa e Marly Motta participarão de debate da Revista de História

Em parceria com a Biblioteca Nacional, a Revista de História promove o primeiro encontro da "Biblioteca Fazendo História" em 2009. O evento ocorrerá no dia 12 de março às 16h no Auditório Machado de Assis da BN (Rua México, s/nº). O objetivo da série é trazer especialistas à baila temas históricos publicados na revista em formato de dossiês. Nesta próxima edição, as historiadoras Isabel Lustosa e Marly Motta irão participar do debate sobre corrupção, tema da da RHBN de março.