sexta-feira, 20 de março de 2009

Leonel de Moura Brizola


Leonel de Moura Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922 no povoado de Cruzinha, que pertenceu a Passo Fundo (RS) até 1931, quando passou à jurisdição de Carazinho (RS). Seu pai, o lavrador José de Oliveira Brizola, morreu na Revolução Federalista de 1923, lutando nas tropas de Joaquim Francisco de Assis Brasil, que combatiam os republicanos de Borges de Medeiros.
Alfabetizado por sua mãe, Onívia de Moura Brizola, começou na escola primária em 1931, em Passo Fundo. Em 1936, matriculou-se no Instituto Agrícola de Viamão, perto de Porto Alegre, formando-se técnico rural em 1939. Nessa época, trabalhou como graxeiro numa refinaria em Gravataí (RS).
Em 1940, mudou-se para Porto Alegre e obteve emprego no serviço de parques e jardins da prefeitura. Para continuar seus estudos, matriculou-se no Colégio Júlio de Castilhos para fazer o curso supletivo. Em 1945, começou a cursar engenharia civil na Universidade do Rio Grande do Sul, formando-se em 1949.
Como governador do Rio Grande do Sul, Brizola teve um mandato polêmico, tendo encampado empresas multinacionais de energia elétrica e telefonia no Rio Grande do Sul. No governo de João Goulart, teve grande influência, lutando pelas chamadas "reformas de base".
Em 1964, Brizola teve os direitos políticos cassados e foi exilado com o golpe militar. Voltou ao Brasil em 1979 com a Anistia e retornou à política, mas perdeu o direito pela legenda do PTB para Ivete Vargas, sobrinha-neta de Getúlio. Fundou, então, com outros trabalhistas históricos, o PDT.
Em 1982, numa campanha surpreendente, foi eleito pela primeira vez governador do Rio de Janeiro. Fez um governo em que foi acusado pelos opositores de não combater o crime o que custou a eleição de seu vice, Darcy Ribeiro, para governador em 1986. Na eleição presidencial de 1989 - a primeira direta após a ditadura -, ficou em terceiro lugar, atrás de Fernando Collor e Lula, a quem acabou apoiando. Nesta época, uma frase sua ficou famosa. "Vamos fazer a direita engolir esse sapo barbudo", afirmou, numa referência ao candidato petista.
Em 1990, ele foi eleito para um segundo mandato no Rio de Janeiro, mas acabou deixando o governo desgastado e, graças ao aumento da violência, com a presença do Exército nas ruas. Acabou derrotado a partir de então em todas as eleições que disputou: presidente (1994), vice-presidente (1998, na chapa de Lula), prefeito do Rio (2000) e senador (2002).
Morreu aos 82 anos no rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 2004

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