segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cuidado com a Gripe


As epidemias de gripes não são uma coisa atual, o contexto histórico muda, mas não muda os danos causados a humanidade. Em 1918, a gripe espanhola causa o maior estrago na humanidade e hoje estamos a volta com o vírus da gripe suína que chama a atenção do mundo inteiro.
A origem é parecida, os sintomas são os mesmos, noticiada no início do século XX como gripe espanhola, ele ganha hoje as páginas dos jornais com a alcunha de gripe suína.
A origem geográfica da pandemia de gripe de 1918-1919 é desconhecida. Foi designada de gripe espanhola, gripe pneumónica, peste pneumónica ou, simplesmente, pneumónica. O fato de ter o nome de gripe espanhola foi porque a impressa da Espanha, que não participava da guerra, noticiou que em muitos lugares estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes, os soldados franceses, ingleses e americanos.
Em Maio, a doença atingiu a Grécia, Espanha e Portugal. Em Junho, a Dinamarca e a Noruega. Em Agosto, os Países Baixos e a Suécia. Todos os exércitos estacionados na Europa foram severamente afectados pela doença, calculando-se que cerca de 80% das mortes da armada dos EUA se deveram à gripe.
No Brasil a doença chegou em setembro de 1918. No dia 24 daquele mês a Missão Médica enviada pelo país para ajudar no esforço de guerra francês foi atingida pela gripe no porto de Dacar, Senegal, que à época era colônia francesa. No mesmo mês chegou ao país o paquete Demerara, vindo da Europa, e que é apontado por alguns autores, como o primeiro navio portador do vírus para dentro do Brasil. Em poucos dias a epidemia irrompeu em diversas cidades:Recife, Salvador e Rio de Janeiro, chegando em novembro de 1918 à Amazônia. Foram registradas em torno de 300 mil mortes relacionadas à epidemia. A doença foi tão severa que vitimou até o Presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919.

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