terça-feira, 17 de junho de 2008

Os japoneses no Brasil


A imigração japonesa ao Brasil foi eminentemente agrícola. Assim, sua presença no setor comercial e industrial foi muito reduzida, principalmente antes da Segunda Guerra. Na edição anterior, tratamos sobre os comerciantes; nesta, enfocamos os industriais.

A história da imigração japonesa no Brasil é a história de uma saga que ainda não terminou, e de uma das experiências bem-sucedidas de integração mais improváveis que já ocorreram no conturbado século XX.

Houve o impacto do encontro de dois povos que se desconheciam. É sabido que popularmente os brasileiros tinham preconceito contra os japoneses - um preconceito todo fundado em mistificação, uma vez que até a vinda dos imigrantes não havia um convívio de fato entre brasileiros e japoneses.

A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico. Para conseguir isso, o governo japonês adotou uma política de emigração desde o princípio de sua modernização, iniciada na era Meiji (1868).

Na década de 70, já não era tão estranha a convivência entre as culturas japonesa e brasileira, e o número de casamentos entre etnias diferentes aumentou no país. Nessa época, o Japão se recuperou da crise econômica e passou ocupar um papel de destaque no cenário mundial. Hoje, o Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão.



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