sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pagu


“Quando eu morrer, não quero que chorem; deixarei meu corpo pra vocês”.

Patrícia Rehder Galvão(1910 - 1962), conhecida pelo pseudônimo de Pagu, escritora, poetisa e jornalista brasileira.

Bem antes de virar Pagu, apelido que lhe foi dado pelo poeta Raul Bopp, Zazá, como era conhecida em família, já era uma mulher avançada para os padrões da época, pois cometia algumas "extravagâncias” como fumar na rua, usar blusas transparentes, manter os cabelos bem cortados e eriçados e dizer palavrões. Nada compatível com sua origem familiar.
Aos 18 anos, rompeu com a família e foi praticamente adotada pelo casal Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Um ano depois, fez parte do movimento da Antropofagia. Em 1930, casou-se com Oswald, com quem teve seu primeiro filho, Rudá. Integrante do Partido Comunista, Pagu foi presa e torturada por participar de manifestações políticas. Em 1933, ela publicou, com o pseudônimo Mara Lobo, o livro Parque Industrial, documento sobre a vida da classe trabalhadora paulista no início do século. Em 1950, foi candidata a deputada pelo Partido Socialista Brasileiro. Lançou também a Famosa Revista, em que criticava a esquerda nacional, o jornal A Vanguarda, e criou o primeiro Suplemento Literário do Diário de São Paulo.

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